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guilherme.barros@uol.com.br
Cuba não muda depois de Fidel, diz Leme
Há quatro anos morando em
Miami, que fica a 176 milhas
náuticas de Havana, o economista Paulo Leme, da Goldman
Sachs, costuma ver com freqüência, no caminho de casa
para o trabalho, dezenas de cubanos desembarcando de madrugada nas praias para tentar
a sorte nos Estados Unidos.
As balsas os deixam a cerca
de 500 metros do continente e
eles entram no país a nado.
Aqueles que conseguem pisar
em solo americano adquirem o
status de exilados e permanecem no país, mas os que não
têm força suficiente para cumprir a travessia a nado são capturados pela polícia ainda no
mar e expatriados para Cuba.
Muitos pais chegam separados
dos filhos ou das mulheres.
"A cena é trágica", diz Leme.
Com base nessa experiência,
Paulo Leme não espera que Cuba mude muito após a renúncia
de Fidel Castro. Segundo ele,
esse período de quase dois anos
de afastamento por motivos de
saúde de Fidel foi suficiente para testar seu irmão, Raul Castro, na presidência, e ver que
nada mudou em Cuba.
"A transição foi muito gradual", diz leme.
Pelo contrário, Leme diz que
tem notado um aumento expressivo do número de cubanos
que fogem do país para tentar
desembarcar na ilha de Key
Biscayne, onde vive o economista. Miami é certamente a cidade onde vive a maior comunidade de cubanos do mundo
fora de Cuba. São mais de 600
mil morando lá.
Para Paulo Leme, se houver
alguma mudança em Cuba,
após a renúncia de Fidel Castro, será muito pequena, insignificante em relação ao que é
hoje. De acordo com Leme,
"qualquer mudança liberalizante será muito menor do que
mereceria o povo cubano".
Segundo o economista, pelo
que ele conclui em suas conversas com os cubanos que vivem
em Miami, o que os fazem fugir
do país de origem é a total falta
de liberdade que lá ainda predomina.
"Os cubanos não se arriscariam à toa a serem comidos por
tubarões", diz Paulo Leme.
Frases
"Os cubanos
não se arriscariam à
toa a serem comidos
por tubarões"
"Qualquer mudança liberalizante será muito menor do que mereceria o povo cubano"
PAULO LEME
economista da Goldman Sachs
MAPA DA HOTELARIA
Uma pesquisa realizada pela consultoria inglesa Hogg
Robinson Group aponta Moscou como a cidade com hospedagem em hotel mais cara do mundo em 2007. O ranking das dez localidades cujas diárias são a de maior preço não inclui nenhuma cidade brasileira. No entanto, o Brasil teve alta de 15,8% nos preços de
diárias no último ano. O Rio teve expansão de 28% nos
valores devido à preferência das organizações de conferências internacionais e feiras, além do Pan, em julho.
análise
Comprometimento puxa cheques sem fundos, diz Serasa
O maior comprometimento das famílias com as contas
de janeiro, como IPVA, IPTU
e material escolar, fez com
que o volume de cheques devolvidos por falta de fundos
aumentasse 1,6% em janeiro
deste ano na comparação
com dezembro do ano passado, segundo a Serasa.
A cada mil compensados,
19 cheques foram devolvidos
duas vezes por insuficiência
de fundos, segundo o estudo,
no período. Em dezembro do
ano passado, foram 18,7 cheques devolvidos por mil
compensados. Em relação a
janeiro de 2007, quando foram devolvidos 18,8 documentos a cada lote de mil, há
uma alta de 1,1%.
A Serasa também avalia
que, mesmo com o crescimento da renda e do emprego formal, o parcelamento
das compras em prazos mais
longos e o relaxamento nos
critérios de concessão de
crédito facilitaram o acúmulo de dívidas.
No mapa brasileiro, a região Norte foi a que registrou
o maior número de devolução de cheques e o Amapá lidera o ranking dos Estados.
VITRINES: SETOR DE SHOPPING CENTERS FATURA R$ 23 BILHÕES EM SÃO PAULO
São Paulo, que concentra o maior número de shopping
centers do Brasil, com 118 empreendimentos, ainda é destaque em investimentos, segundo a Abrasce (associação do setor). De 15 inaugurações previstas, seis serão no Estado. Os
novos centros de compras devem gerar cerca de 9.000 empregos diretos. Em 2007, São Paulo também foi o Estado
que mais faturou, com mais de R$ 23 bilhões.
OLÉ
Com o objetivo de atrair compradores finais, investidores,
incorporadores, instituições financeiras, fundos de investimento, cadeias hoteleiras, corretores e agentes do setor imobiliário, a Espacio Brasil investiu R$ 4 milhões para montar
o espaço destinado aos expositores brasileiros no Sima, o Salão Imobiliário de Madri. A empresa do grupo Eugenio especializada em marketing imobiliário, comandada por Mauricio Eugenio, é responsável por um espaço de 1.000 m2, quatro vezes maior que o de 2007. Entre os principais produtos
imobiliários a serem apresentados pelo país, estão em destaque os complexos hoteleiros e de segunda residência no Nordeste. A Sima acontece de 8 a 12 de abril.
BRASILEIROS
O ranking de marcas mais
valiosas de bancos do mundo da Top 500 Financial
Brands, da revista "The Banker", tem quatro brasileiros.
Em primeiro o Bradesco, na
42ª posição, com valor de
US$ 4,1 bilhões. Em seguida
vêm o Banco do Brasil (45º,
US$ 4 bilhões), o Itaú (54º,
US$ 3,5 bilhões) e o Unibanco (137º, US$ 974 milhões).
COLÔMBIA
O Brasil levará 17 empresas ao Destino Colômbia
Encontro de Negócios, nos
dias 25 e 26, durante a feira
de turismo Vitrine Turística,
na Colômbia. O Brasil é um
dos países que mais contribuíram para o aumento de
turistas à Colômbia.
AUTORIA
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) teve alta na distribuição dos direitos autorais
de execução pública musical. Em 2007, o valor distribuído aos titulares de direitos autorais e conexos cresceu 21,63% ante 2006.
COMUNICAÇÃO
Fabio Fernandes, Ivan
Marques, Loy Barjas e Rodrigo Andrade, sócios da F/
Nazca Saatchi & Saatchi,
lançam hoje a QU4TRO,
holding que centralizará negócios em comunicação, focada em investimento em
novas demandas do setor. O
foco para 2008 é adquirir
empresas de promoção e
eventos e novas mídias.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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