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Só 40% das empresas devem ampliar produção
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O percentual de empresas
brasileiras que planejam aumentar a produção caiu de
58% em 2008 para 40% em
2009. O dado faz parte de um
levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizado com 1.407
empresas em todo o país.
O levantamento mostra
que 24% das empresas estão
com capacidade mais que suficiente para atender à demanda prevista para este ano
e que 45% pretendem gastar
menos em compras de máquinas e equipamentos.
O número de empresas
que vão investir caiu de 89%
em 2008 para 82% em 2009.
Mas cresceu o percentual daquelas que pretendem usar
parte desse investimento para reduzir custos com mão-de-obra, de 25% para 29%.
Outro levantamento da CNI
já mostrou que as empresas
esperam queda no emprego
industrial neste ano.
"O resultado é influenciado pela crise e, em razão disso, há uma reavaliação das
expectativas e uma revisão
no plano de investimentos",
diz o economista Renato da
Fonseca, gerente da Unidade
de Pesquisa da CNI.
De acordo com o economista, também houve aumento no percentual de empresas que pretendem investir em redução de outros custos e em mais eficiência no
uso de insumos.
"A gente está vendo que o
Brasil tem uma crise menor
que no resto do mundo, mas
ainda há dúvida sobre o impacto dessa crise aqui. Então,
você começa a focar seu investimento não em expansão, mas em eficiência, senão
a empresa acaba sendo expulsa do mercado."
De acordo com a CNI, 73%
das empresas vão investir
mais para atender ao mercado interno, em detrimento
das exportações. O percentual dos que planejam investir para exportar caiu de
4,6% para 3,3%. O restante
espera atender igualmente
aos dois mercados.
A incerteza em relação à
economia é apontada por
75% como o principal fator
que pode frustrar seus investimentos (outros fatores são
reavaliação da demanda e
problemas com custo e escassez de crédito). Em 2008,
apenas 42% realizaram os
investimentos planejados.
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