São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

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Só 40% das empresas devem ampliar produção

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

O percentual de empresas brasileiras que planejam aumentar a produção caiu de 58% em 2008 para 40% em 2009. O dado faz parte de um levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizado com 1.407 empresas em todo o país.
O levantamento mostra que 24% das empresas estão com capacidade mais que suficiente para atender à demanda prevista para este ano e que 45% pretendem gastar menos em compras de máquinas e equipamentos.
O número de empresas que vão investir caiu de 89% em 2008 para 82% em 2009. Mas cresceu o percentual daquelas que pretendem usar parte desse investimento para reduzir custos com mão-de-obra, de 25% para 29%. Outro levantamento da CNI já mostrou que as empresas esperam queda no emprego industrial neste ano.
"O resultado é influenciado pela crise e, em razão disso, há uma reavaliação das expectativas e uma revisão no plano de investimentos", diz o economista Renato da Fonseca, gerente da Unidade de Pesquisa da CNI.
De acordo com o economista, também houve aumento no percentual de empresas que pretendem investir em redução de outros custos e em mais eficiência no uso de insumos.
"A gente está vendo que o Brasil tem uma crise menor que no resto do mundo, mas ainda há dúvida sobre o impacto dessa crise aqui. Então, você começa a focar seu investimento não em expansão, mas em eficiência, senão a empresa acaba sendo expulsa do mercado."
De acordo com a CNI, 73% das empresas vão investir mais para atender ao mercado interno, em detrimento das exportações. O percentual dos que planejam investir para exportar caiu de 4,6% para 3,3%. O restante espera atender igualmente aos dois mercados.
A incerteza em relação à economia é apontada por 75% como o principal fator que pode frustrar seus investimentos (outros fatores são reavaliação da demanda e problemas com custo e escassez de crédito). Em 2008, apenas 42% realizaram os investimentos planejados.


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