São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

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Exportações de manufaturados serão mais afetadas, diz AEB

DA SUCURSAL DO RIO

Mais otimista, a AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior) prevê saldo comercial de US$ 12 bilhões no ano, projeção superior à da Funcex.
José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB, disse, porém, que, se tivesse feito a estimativa em fevereiro, o número seria menor, já que o preço das commodities está em queda.
Castro afirmou que os setores mais afetados neste ano serão os manufaturados, apesar da queda das commodities. No ano passado, tal cenário já havia se configurado: os ramos que perderam mais exportações, em volume, foram outros equipamentos de transporte (avião é o principal produto) e veículos automotores, de acordo com a Funcex. Já os que tiveram as maiores quedas de preço foram extração de petróleo e combustíveis.
Para Castro, as exportações dependem fundamentalmente da reação mais firme da economia global -posta em dúvida com a crise na Grécia e a perspectiva de alta dos juros nos EUA. Já as importações crescerão baseadas nos estímulos ao consumo interno, como o aumento real do salário mínimo.
Roberto Giannetti da Fonseca, diretor-titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, diz que a "combinação perversa" de valorização do real e o "dumping cambial" da China eliminou a competitividade de vários setores.
O diretor se refere à desvalorização artificial da moeda chinesa, que cria uma vantagem competitiva. Em alguns casos, os produtos são de 40% a 50% mais baratos do que os brasileiros. Entre os ramos mais afetados estão eletroeletrônicos, calçados, móveis e cerâmicas.


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