São Paulo, sexta, 20 de fevereiro de 1998

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Empresa busca recurso na Justiça

MAURO ARBEX
da Reportagem Local

O diretor jurídico da Philip Morris, Clodoaldo Celentano, rebateu ontem as acusações do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, de que a empresa está tratando o Brasil como uma "república de bananas" ao insistir na venda dos maços de cigarros Marlboro e L&M com 14 unidades.
"De forma nenhuma estamos tratando o país de maneira inadequada. Estamos apenas discutindo o problema na Justiça para obter o direito legítimo de comercializar o maço com 14 unidades", afirmou.
Para Celentano, a alegação da Receita de que embalagens em padrões diferentes dificultariam a fiscalização e o controle na arrecadação de impostos é falsa.
"O imposto do cigarro é recolhido por mil unidades e não por embalagem", disse.
O diretor da empresa esteve ontem em Brasília para tentar obter um recurso no Tribunal Regional Federal que permita a venda dos cigarros em embalagens menores. "Já entramos com pedido na Justiça, respaldados na opinião de juristas famosos."
A venda dos maços com 14 unidades, segundo Celentano, visa dar uma outra opção ao consumidor, que pode comprar uma carteira menor e ter um controle mais adequado da quantidade de cigarros fumados.
"Imaginem se só permitissem à Coca-Cola a venda da embalagem de dois litros, que é mais cara e cuja base de cálculo do imposto é maior", disse Celentano.



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