São Paulo, sexta, 20 de fevereiro de 1998

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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa de SP segue NY e recua 0,83%

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo seguiu ontem o mercado de ações de Nova York, com muitos investidores preferindo vender seus papéis e embolsar os lucros.
Com isso, o Ibovespa, principal indicador do mercado paulista de ações, fechou com queda de 0,83%, enquanto o Dow Jones operou também com variação negativa ao longo do dia.
Na quarta-feira, o índice Dow Jones havia batido recorde de alta, o que fez com que o mercado nova-iorquino operasse em baixa ontem por conta da realização de lucros.
Em São Paulo, o volume de negócios caiu. No fechamento, a Bovespa contabilizava R$ 585 milhões negociados. No dia anterior, o volume de negócios foi muito superior, de R$ 2,7 bilhões, por causa do vencimento no mercado de opções.
A mesa de câmbio do Banco Central mudou ontem a minibanda de variação do dólar comercial, faixa em que a moeda norte-americana pode oscilar livremente.
Desde ontem, o piso da minibanda é de R$ 1,1290 e o teto passou a R$ 1,1340.
Nos últimos meses, o BC tem corrigido a minibanda em aproximadamente 0,65%, valor que representa o percentual permitido para a desvalorização do real em relação ao dólar.
Juros
No mercado futuro, da BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros), as taxas de juros projetadas ficaram praticamente no mesmo nível do dia anterior.
A taxa para o mês de março ficou em 31,31% ao ano, contra uma taxa de 31,30% no fechamento de quarta-feira.
O mercado está de olho agora na reunião marcada para o dia 4 de março, quando o Banco Central vai redefinir a taxa de juros básica da economia.
Ontem operadores do mercado financeiro estimavam que essa taxa pode cair para algo em torno de 29% ao ano. Atualmente a TBC (Taxa do Banco Central) está em 34,5% ao ano.
O maior fluxo de dólares para a economia brasileira em fevereiro faz com que muitos acreditem que o BC pode voltar a cortar a taxa básica como tem feito nos últimos meses. O próprio governo já admite derrubar os juros básicos a 20%, até o meio do ano, segundo disse o ministro Antonio Kandir (Planejamento) recentemente.



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