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Argentina diz que cresceu no ano da crise
País divulga expansão de 0,9% em 2009; Brasil encolhe 0,2% no período
Dado é recebido com ceticismo por analistas, que
estimam retração entre 3,5%
e 4%; instituto de pesquisa
é suspeito de manipulação
DE BUENOS AIRES
DA REDAÇÃO
A economia argentina, a segunda maior da América do Sul,
teve em 2009 crescimento de
0,9% e foi uma das poucas que
conseguiram se expandir no
ano da pior crise global em
mais de 60 anos, segundo dados
oficiais divulgados ontem.
O resultado foi melhor que o
do Brasil, que registrou queda
de 0,2% no PIB do ano passado.
Os gastos dos consumidores
e os do governos foram os dois
principais fatores para o crescimento econômico.
A presidente da Argentina,
Cristina Kirchner, atribuiu o
crescimento "no ano da maior
crise [financeira] mundial" ao
que chamou de "políticas virtuosas" de seu governo.
Cristina citou como "chave"
para o resultado a "oferta protegida" no mercado interno e o
"formidável esforço fiscal" feito
pelo Estado para "sustentar a
demanda".
Entre as medidas de proteção do mercado interno, Cristina citou o sistema de licenciamento não automático, que
afeta cerca de 14% da pauta exportadora brasileira e foi motivo de tensão na relação comercial entre os dois países.
Os dados da economia argentina são recebidos com ceticismo por analistas. Isso porque
os dados divulgados pelo Indec
(o IBGE local, responsável pela
divulgação dos números do
PIB) são suspeitos de manipulação desde o governo de Néstor Kirchner (2003-2007).
Para analistas privados, o
PIB do país vizinho, na verdade, teve retração entre 3,5% e
4%, o que significaria o fim do
ciclo de seis anos de expansão.
Ainda de acordo com os números oficiais, o PIB argentino
cresceu 1,9% nos últimos três
meses do ano passado em relação ao período de julho a setembro, quando avançou 0,3%.
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