da Sucursal de Brasília

Apesar de o IBGE ter divulgado que o índice de desemprego bateu recorde em janeiro -foi de 7,25%-, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que a oferta de trabalho no país "está aumentando".
"A oferta de empregos tem crescido incessantemente", disse o presidente. "Apesar de os níveis de desemprego mostrarem uma certa oscilação negativa", completou.
FHC disse que, por exemplo, no Rio de Janeiro ocorre "praticamente o pleno emprego" e que em Porto Alegre (RS) houve redução nos índices de desemprego nos últimos meses.
"No Rio de Janeiro, o último índice (de desemprego) que eu vi está por volta de 3,6% em dezembro. Isso, num país desenvolvido, corresponde ao pleno emprego", afirmou.
Segundo o presidente, apesar dos resultados positivos nessas cidades, a população continua considerando o desemprego o maior problema e tem "a sensação de uma certa angústia" -segundo ele, compreensível- porque no Brasil e no mundo a natureza do emprego mudou.
Para FHC, os problemas de desemprego são setorizados em bolsões, provocados pelo alto crescimento populacional na década de 70 e que só serão corrigidos em "uns 10 ou 15 anos".
FHC cobrou maior participação e solidariedade da sociedade para reverter a questão do desemprego. "Porque a coisa mais fácil que há é dizer: a culpa é... A culpa não é de ninguém. É de todos ou não é de ninguém. Temos de deixar de pensar em termos de culpa."
As afirmações do presidente da República foram feitas durante solenidade de lançamento do programa "Linhão do Emprego", do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) , para financiamento de R$ 35 milhões na criação de empregos em Curitiba (PR).



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