São Paulo, Sábado, 20 de Março de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe 13%, e dólar cai 3,7% na semana

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem em baixa, de 0,53%. Os investidores venderam suas ações para embolsar os lucros após uma semana de fortes altas.
No acumulado da semana, a Bolsa subiu 13,17% em reais e 17,45% em dólares. No ano, a valorização acumulada é de 59,71% em reais e de 4,29% em dólares.
Ontem, Siderúrgica Nacional ON (com direito a voto) teve a maior valorização entre as 57 ações mais negociadas que compõem o índice Bovespa, de 7,1%.
Cesp PN (sem direito a voto) ficou em segundo lugar, com alta de 5,6%. "A Cesp será privatizada em maio e está subvalorizada no mercado", disse Gabriel Jafet, da Oryx Asset Management.
A Bolsa paulista chegou a subir 1,89%, acompanhando a alta em Nova York. Mas caiu quando as ações de Telebrás perdiam preço nos EUA. Ontem foi dia de vencimento de opções de Telebrás no mercado norte-americano. Toda vez que as ações chegavam a US$ 80, os investidores saíam vendendo e os papéis da Telebrás em São Paulo acompanhavam.
Lightpar ON continuou fora da Bolsa de São Paulo. A direção da Eletrobrás promete divulgar novo edital sobre a procura de sócio estratégico para a empresa no próximo dia 26.
Até esse dia, a Comissão de Valores Mobiliários não pretende permitir que a ação volte ao mercado. A CVM está investigando se houve informação privilegiada no "caso Lightpar", cuja ação ON subiu 2.474% neste mês até segunda-feira, trazendo distorções ao índice Bovespa no mercado à vista e futuro.
O mercado de câmbio teve mais um dia de tranquilidade, movimentando um volume de US$ 3,6 bilhões, contra a média de US$ 2,2 bilhões na semana. O dólar comercial terminou cotado a R$ 1,85, uma desvalorização de 0,23% sobre o fechamento de anteontem. O dólar acumulou desvalorização de 3,65% na semana e valorização de 53,15% no ano.
Nem o Banco Central nem o Banco do Brasil teriam atuado, ontem, no mercado de câmbio.
As vendas de dólares vieram de exportadores e de brasileiros que tiraram seus recursos do país desde agosto.
O programa de ajuda aos bancos no Japão trouxe forte alta na Bolsa do país, de 4,20%.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)

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