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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 13%, e dólar cai 3,7% na semana
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou ontem em baixa, de 0,53%.
Os investidores venderam suas
ações para embolsar os lucros
após uma semana de fortes altas.
No acumulado da semana, a
Bolsa subiu 13,17% em reais e
17,45% em dólares. No ano, a valorização acumulada é de 59,71%
em reais e de 4,29% em dólares.
Ontem, Siderúrgica Nacional
ON (com direito a voto) teve a
maior valorização entre as 57
ações mais negociadas que compõem o índice Bovespa, de 7,1%.
Cesp PN (sem direito a voto) ficou em segundo lugar, com alta de
5,6%. "A Cesp será privatizada
em maio e está subvalorizada no
mercado", disse Gabriel Jafet, da
Oryx Asset Management.
A Bolsa paulista chegou a subir
1,89%, acompanhando a alta em
Nova York. Mas caiu quando as
ações de Telebrás perdiam preço
nos EUA. Ontem foi dia de vencimento de opções de Telebrás no
mercado norte-americano. Toda
vez que as ações chegavam a US$
80, os investidores saíam vendendo e os papéis da Telebrás em São
Paulo acompanhavam.
Lightpar ON continuou fora da
Bolsa de São Paulo. A direção da
Eletrobrás promete divulgar novo
edital sobre a procura de sócio estratégico para a empresa no próximo dia 26.
Até esse dia, a Comissão de Valores Mobiliários não pretende
permitir que a ação volte ao mercado. A CVM está investigando se
houve informação privilegiada no
"caso Lightpar", cuja ação ON
subiu 2.474% neste mês até segunda-feira, trazendo distorções ao
índice Bovespa no mercado à vista
e futuro.
O mercado de câmbio teve mais
um dia de tranquilidade, movimentando um volume de US$ 3,6
bilhões, contra a média de US$ 2,2
bilhões na semana. O dólar comercial terminou cotado a R$
1,85, uma desvalorização de 0,23%
sobre o fechamento de anteontem.
O dólar acumulou desvalorização
de 3,65% na semana e valorização
de 53,15% no ano.
Nem o Banco Central nem o
Banco do Brasil teriam atuado,
ontem, no mercado de câmbio.
As vendas de dólares vieram de
exportadores e de brasileiros que
tiraram seus recursos do país desde agosto.
O programa de ajuda aos bancos
no Japão trouxe forte alta na Bolsa
do país, de 4,20%.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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