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Bancos cobram cerca de 4% para a venda
da Redação
A empresa de Edmon Rubies
compra ações atreladas a telefone,
mas ele mesmo confessa que é
mais vantajoso negociar nos bancos conveniados pela Telesp.
Rubies revela que o custo para o
cliente, na sua empresa, varia de
12% a 15% do valor das ações, contra 4% nos bancos. No mercado há
empresas que cobram de 20% a
25%. No interior o deságio chega a
50% nesses negócios, afirma.
A justificativa de Rubies é que ele
não passa os papéis para a frente
de imediato e, por isso, fica com o
risco de uma queda no mercado.
Outra diferença, diz, é que sua
empresa paga na hora, em cheque,
enquanto nos bancos o pagamento é efetuado em quatro dias úteis.
Dirigente de corretora de um dos
bancos conveniados confirma que
o custo para o cliente na venda
dessas ações fica em torno de 4%,
mas tendo por base uma média de
6.000 Telebrás. O prazo é mesmo
de uns quatro dias.
O custo varia conforme o valor
negociado e não pode ser considerado deságio, afirma o executivo,
porque embutiria apenas taxas de
corretagem, emolumentos etc.
Quanto maior o valor da transação, menor o percentual, e vice-versa, como ocorre normalmente no mercado, explica ele.
A operação foi desburocratizada
após o convênio das estatais com
os bancos: o cliente chega com nome e CPF e manda vender; o banco
entra no terminal da Telebrás,
checa se as cautelas não foram
emitidas, faz o bloqueio e emite a
ordem de venda; no dia seguinte as
ações são vendidas, a Bolsa credita
e o dinheiro cai na conta do cliente.
Se os certificados foram emitidos, o processo é bem mais moroso e burocrático. Leva de 10 a 12
dias. Ações com certificados emitidos também podem ser negociadas em corretoras credenciadas.
O titular das ações também pode
guardá-las, à espera de maior valorização. No curto prazo não há
perspectivas de forte alta para Telebrás, dizem os analistas. No longo prazo a Bolsa estará na dependência do desempenho macro do
Plano Real, cercado de incertezas.
Mas as "teles" em geral continuam com um charme especial
porque são as vedetes da privatização, o programa de realinhamento
de tarifas foi mantido e a demanda
reprimida por telefones é fantástica no país, avaliam eles.
(GJC)
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