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Amazônia é nova fronteira de exploração petrolífera em terra
DA SUCURSAL DO RIO
Se a camada pré-sal é a mais
promissora área de exploração
em mar, a sua correspondente
em terra está no meio da selva
amazônica. É a bacia do Solimões, com a terceira maior reserva de gás e a terceira maior
produção de óleo e gás do país.
Batizada de província petrolífera de Urucu (650 km de Manaus), a área produz 53 mil barris por dia de óleo ultraleve -de
maior valor comercial e mais
fácil refino. De tão leve, é conhecido como "gasolina natural", capaz de movimentar motores assim que extraído, mesmo sem ser processado.
Mas a maior riqueza é o gás
natural -produção de 10 milhões de metros cúbicos por
dia, somente inferior à das bacias de Campos e Santos. A estatal só não extrai mais gás da
reserva, que tem 100 bilhões de
metros cúbicos, por não ter para quem vender. É que, enquanto não recebe as licenças
ambientais que faltam para a
construção de um gasoduto até
Manaus (AM) e outro até Porto
Velho (RO), não tem mercado
suficiente para o produto. Até
lá, a estatal é obrigada a reinjetar 6 milhões de metros cúbicos
por dia de gás nos poços.
Mesmo assim, a estatal está
otimista: possui 80 poços na região e espera perfurar 23 até
2012 -a companhia não detalhou o investimento destinado
apenas à bacia do Solimões.
No meio da selva, a Petrobras
mantém ainda a maior produção brasileira de GLP (gás de
cozinha), envasado em Coari
(AM), maior unidade de processamento de gás natural do
Brasil. Diariamente, mil toneladas de GLP são produzidas
-equivalentes a 84.600 botijões de 13 kg. O produto supre
toda região amazônica e é comercializado no Nordeste.
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