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MERCADO FINANCEIRO
A um dia da decisão do governo sobre juros, investidores pedem taxa maior em leilão de prefixados
À espera do Copom, mercado esfola Tesouro
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia antes de sair a decisão
do Copom sobre o rumo da taxa
básica da economia do país, o
mercado aproveitou para esfolar
o Tesouro Nacional. O governo
teve de pagar taxa de 22,14%
anuais para colocar papéis prefixados ontem.
Na semana passada, o Tesouro
conseguiu pagar taxa de 19,37%
em leilão de títulos semelhantes.
O lote de R$ 2 bilhões em LTNs
(Letras do Tesouro Nacional)
com prazo de resgate em novembro ofertado ontem foi vendido
integralmente.
Érico Capello, do Lloyds TSB
Asset Management (LAM), aponta o aumento das incertezas criadas pelo anúncio do câmbio duplo argentino, divulgado por Domingo Cavallo, ministro da Economia daquele país, como um
dos fatores de pressão nos custos
da rolagem da dívida pública.
A disparada das projeções dos
juros na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) apontavam
que o governo pagaria mais caro
para rolar sua dívida. No contrato
DI (juro interbancário) de outubro, a taxa fechou ontem em
20,81% anuais. No início da semana passada, estava em 18,78%.
A Bovespa encerrou o pregão de
ontem praticamente estável, com
ligeira alta de 0,31%.
Na próxima semana, a Bolsa
paulista divulga as 15 empresas
que vão compor inicialmente o
chamado "Nível 1", uma espécie
nova de qualificação das ações.
(FABRICIO VIEIRA)
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