São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRABALHO

Evolução foi medida entre abril e março; é a 2ª subida consecutiva

Emprego na indústria cresce 0,4%

DA SUCURSAL DO RIO

O emprego na indústria voltou a ter um pequeno crescimento em abril, de 0,4% em relação a março, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o instituto, entretanto, ainda é cedo para concluir se o resultado indica uma tendência de retomada do nível de ocupação no setor.
Em março, a ocupação na indústria tivera aumento de 0,3%, em relação a fevereiro. Apesar dos dois meses consecutivos de crescimento, a economista Isabela Nunes Pereira, do Departamento de Indústria do IBGE, observou que, na comparação com abril de 2001, o desempenho do setor continuou negativo, com queda de 1,8%. No acumulado de janeiro a abril, a redução dos postos de trabalho ainda é de 1,9%.
Segundo a economista, a evolução do emprego na indústria é coerente com o desempenho da produção no setor industrial, que, em abril, teve aumento de 6%, em relação a março. Normalmente, os reflexos do crescimento da produção no nível do emprego demoram a aparecer e só são substanciais quando se consolida a tendência de expansão industrial, o que ainda não aconteceu.
Em abril, o IBGE verificou aumento do nível de ocupação em 11 das 14 regiões pesquisadas. Os maiores níveis de contratação foram verificados em Minas Gerais (1,2%) e São Paulo (0,6%).
O pior desempenho foi o da indústria do Rio de Janeiro, na qual o nível de emprego teve queda de 1,1% em abril. O resultado foi o que mais influenciou negativamente o índice geral.
Embora o Rio tenha registrado o maior crescimento da produção industrial em abril, tal desempenho não contribuiu para o nível de emprego do Estado. De acordo com Isabela Nunes, isso acontece porque o crescimento se concentrou na atividade extrativa-mineral (petróleo e gás), que não empregam muita gente.

Salários
De acordo com o IBGE, o valor da folha de pagamento na indústria cresceu 0,9% em abril, em relação a março. Na comparação com abril do ano passado, entretanto, a queda nos salários pagos foi de 2,4%. De janeiro a abril deste ano, os salários acumulam queda de 2,9%.
O valor médio da folha de pagamento (total dividido pelo número de empregados) também acumula redução de 1% neste ano. Nesse quesito, o pior desempenho é o de São Paulo, onde o valor médio da folha caiu mais de 2%.
O melhor resultado é o do Rio de Janeiro, com crescimento de quase 6%.



Texto Anterior: Aviação: Gordinhos terão de pagar duas passagens
Próximo Texto: Governo apura acordo de TAM e Transbrasil
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.