São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 2005

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Brasil quer vender mais ao Iraque

O Brasil quer ampliar suas vendas para o Iraque. A Apex fechou para os dias 12 a 14 de setembro uma feira em Amã, capital da Jordânia, para expor produtos a eventuais compradores do Iraque. A Jordânia é o único país vizinho com fronteira aberta para o Iraque.
Juan Quirós, presidente da Apex, informa que a agência realizou, em conjunto com a Câmara Brasil-Iraque, um levantamento das necessidades do país asiático. Identificou 3.200 compradores potenciais, dos quais 60% privados e 40% públicos. A feira irá expor produtos como máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas e equipamentos hospitalares.
A Apex decidiu organizar a feira depois de ter detectado uma queda significativa nas exportações para o Iraque neste ano. De janeiro a maio passado, o Brasil exportou apenas US$ 1,7 milhão para o país árabe. Em 2004, no mesmo período, as vendas totalizaram US$ 28,7 milhões.
Segundo Quirós, o problema é que os produtos brasileiros passaram a ser negociados por intermediários não-identificados, o que não só afetou os números da balança entre os dois países como também passou a comprometer a qualidade do produto brasileiro. "Os iraquianos começaram a reclamar que os nossos produtos chegavam lá com o prazo de validade vencida."
A partir dessa ação, Quirós pretende tirar a figura do intermediário para o produtor brasileiro ter acesso direto ao comprador iraquiano. Sua expectativa é que essa feira, somada a outras programadas para o segundo semestre em mais países árabes, reverta em US$ 80 milhões em exportações brasileiras. No ano passado, as vendas aos países árabes cresceram 46% em relação a 2003. O Brasil vende cerca de 2.000 produtos a essas nações.

CRESCIMENTO MÓVEL
A Claro foi a operadora de telefonia móvel com o maior crescimento nos meses de abril e maio. A empresa adicionou 1,6 milhão de clientes, contra 1,3 milhão da TIM e 1,2 milhão da Vivo nos dois meses. A base de assinantes da operadora teve crescimento de cerca de 11%, acima da média do mercado, que ficou em 7,2%. Os dados são da Anatel.

FOCO FINANCEIRO
Com a meta de elevar neste ano as vendas no mercado financeiro em 30%, a Siemens planeja mais investimentos no setor. Por meio de duas divisões de negócio, a "business services" e a de comunicações, a unidade brasileira do grupo alemão investirá R$ 8 milhões até o fim de 2006 em infra-estrutura e lançamento de produtos e soluções direcionados para instituições bancárias.

TV ECONÔMICA
Presentes até em faculdades, os cursos por meio de telecomputadores com transmissão ao vivo, via satélite, agora ganham as empresas e até redes de varejo. Na C&C Casa e Construção, a adoção de uma TV corporativa, no segundo semestre de 2004, reduziu em 50%, em média, os gastos com treinamento de funcionários e atualização de informações nas mais de 30 lojas da rede. "Instruções que levavam de dois a três meses para alcançar todas as lojas hoje chegam em dois ou três dias", diz Jorge Gonçalves Filho, diretor-geral da C&C, cujo canal foi desenvolvido pela Broadnet. O grupo, que atende a empresas de outros ramos, como Gerdau e Pirelli, responde até pelo treinamento dos orientadores que conduzem as transmissões.

MERCADO AQUECIDO
Com a oferta pública de ações na semana passada pela AES Tietê, no valor de R$ 921 milhões, o Credit Suisse First Boston, que liderou a operação, se consolidou na ponta do ranking nacional de bancos estruturadores de emissões de ações. De janeiro a junho, o banco atuou nas aberturas de capital de Submarino e Localiza, além de liderar lançamentos do Unibanco e da própria AES.

GÁS NA ESTRADA
Enquanto novos gasodutos não são construídos, Petrobras e White Martins fecham parcerias para distribuir gás natural em estado líqüido. A joint venture entre as duas empresas fechou acordo com a Gasmig para levar o produto ao sul de Minas Gerais e ao Triângulo Mineiro. A entrega do gás em estado líqüido, no entanto, depende da conclusão da planta de liqüefação de Paulínia (interior de São Paulo), no primeiro trimestre de 2006. Segundo o diretor da White Martins Marcelo Rodrigues, "a parceria vai antecipar a chegada do gás natural a localidades que não são servidas por gasodutos".

INVESTIMENTO GLOBAL
O INI (Instituto Nacional de Investidores) será apresentado, amanhã, em Toronto (Canadá), aos 22 países que participam da Federação Mundial de Investidores. A entidade tem como objetivo promover mundialmente a educação sobre investimentos. O evento marca o ingresso do INI na federação, ao lado de países como EUA, França, Alemanha, Inglaterra e Espanha.

ALIMENTAÇÃO SEGURA
O Brasil foi escolhido pela ONU e pela Federação Internacional das Indústrias de Alimentos para sediar o congresso mundial de segurança alimentar, entre os dias 11 e 13 de julho, em São Paulo. O evento reunirá representantes de governos e indústrias de EUA, Europa, China e Brasil. As palestras tratarão de maneiras para garantir a segurança dos alimentos produzidos.

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