São Paulo, sábado, 20 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bolsa de SP registra perda de 4,08% na semana

Ontem alta ficou em 0,9%; dólar encerra a R$ 1,973

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A alta registrada no último pregão da semana não foi suficiente para livrar a Bolsa de Valores de São Paulo de encerrar o período no vermelho. Com ganhos de 0,92% ontem, a Bovespa terminou a semana com depreciação acumulada de 4,08%.
Aos 51.373 pontos, o índice Ibovespa computa baixa mensal de 3,43%. No ano, a valorização está em 36,81%.
O dólar fechou ontem estável, vendido a R$ 1,973. Durante a semana, a moeda chegou a bater em R$ 2, mas não se sustentou nesse patamar.
Um comunicado do FMI (Fundo Monetário Internacional), que apontou que há sinais de recuperação na economia global, ajudou a melhorar o humor dos investidores ontem.
Os principais índices de ações subiram nos EUA, na Europa e na Ásia -exceção foi o Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que terminou ontem com leve baixa de 0,19%.
A Bolsa de Londres obteve valorização de 1,51% ontem; a de Madri ganhou 2,10%. Em Tóquio, o índice de ações Nikkei se apreciou 0,85%.
O clima menos negativo no exterior ajudou a melhorar ontem o apetite dos investidores estrangeiros por papéis de empresas brasileiras. Mas no mês a saída de capital externo da Bolsa brasileira é bastante elevada, atingindo R$ 886,2 milhões até o último dia 16.
Com a alta participação dessa categoria de investidor nos negócios realizados no mercado acionário local, que gira em torno de 35% do total, não é surpresa que o resultado da Bolsa de Valores de São Paulo neste mês esteja negativo.
"Parece que a Bolsa parou para descansar e tomar fôlego antes de buscar patamares mais altos. De fato, é impossível precisar esse tipo de movimento, mas nos parece bastante plausível trabalharmos com uma resistência [pico a ser atingido] nos 55 mil pontos do Ibovespa, servindo como um obstáculo a ser superado", avalia a área de análises da XP Investimentos.
"Até lá, os investidores parecem ter preferido recuperar as forças e, com isso, nossa Bolsa encerrou a terceira semana de junho com desvalorização", completa a análise.

Ações em baixa
Das 65 ações que estão na composição do índice Ibovespa, o mais relevante do mercado doméstico, 49 encerraram a semana com desvalorização acumulada.
Entre os papéis mais negociados, destaque para as baixas de Petrobras PN (-5,89%), Vale PNA (-5,13%) e Bradesco PN (-3,77%) na semana.
O balanço da semana trouxe a ação ordinária (com direito a voto) da Cosan com a maior depreciação acumulada. No período, o papel teve perdas de 14,56%. Em seguida ficou a ação PN da TIM Participações, que recuou 10,57%.
No pregão da Bolsa de ontem, quem chamou a atenção foi a Eletrobrás. Informações de que a empresa do setor elétrico irá pagar aos acionistas, ainda neste ano, dividendos retidos em anos anteriores atraiu compradores para seus papéis.
No fim do pregão, as ações ordinárias da Eletrobrás registravam ganhos de 6,38%, sendo um dos destaques do dia. O resultado colocou a ação da Eletrobrás na lista das maiores altas da semana -o papel da empresa subiu 8,25% no período.
Outras ações do setor elétrico se destacaram na semana: o papel da Light ganhou 9,58%, e o da Eletropaulo subiu 9,52%.
No pregão de ontem, houve mais papéis, além dos da Eletrobrás, com forte ganhos: Gol PN, que subiu 6,73%, Redecard ON, com 5,87%, e Copel PNB, que subiu 4,89%.


Texto Anterior: Pesquisa: Confiança global de consumidores se estabiliza
Próximo Texto: Vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.