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Bolsa de SP registra perda de 4,08% na semana
Ontem alta ficou em 0,9%;
dólar encerra a R$ 1,973
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta registrada no último
pregão da semana não foi suficiente para livrar a Bolsa de Valores de São Paulo de encerrar o
período no vermelho. Com ganhos de 0,92% ontem, a Bovespa terminou a semana com depreciação acumulada de 4,08%.
Aos 51.373 pontos, o índice
Ibovespa computa baixa mensal de 3,43%. No ano, a valorização está em 36,81%.
O dólar fechou ontem estável, vendido a R$ 1,973. Durante a semana, a moeda chegou a
bater em R$ 2, mas não se sustentou nesse patamar.
Um comunicado do FMI
(Fundo Monetário Internacional), que apontou que há sinais
de recuperação na economia
global, ajudou a melhorar o humor dos investidores ontem.
Os principais índices de
ações subiram nos EUA, na Europa e na Ásia -exceção foi o
Dow Jones, da Bolsa de Nova
York, que terminou ontem com
leve baixa de 0,19%.
A Bolsa de Londres obteve
valorização de 1,51% ontem; a
de Madri ganhou 2,10%. Em
Tóquio, o índice de ações Nikkei se apreciou 0,85%.
O clima menos negativo no
exterior ajudou a melhorar ontem o apetite dos investidores
estrangeiros por papéis de empresas brasileiras. Mas no mês
a saída de capital externo da
Bolsa brasileira é bastante elevada, atingindo R$ 886,2 milhões até o último dia 16.
Com a alta participação dessa categoria de investidor nos
negócios realizados no mercado acionário local, que gira em
torno de 35% do total, não é
surpresa que o resultado da
Bolsa de Valores de São Paulo
neste mês esteja negativo.
"Parece que a Bolsa parou
para descansar e tomar fôlego
antes de buscar patamares
mais altos. De fato, é impossível
precisar esse tipo de movimento, mas nos parece bastante
plausível trabalharmos com
uma resistência [pico a ser atingido] nos 55 mil pontos do Ibovespa, servindo como um obstáculo a ser superado", avalia a
área de análises da XP Investimentos.
"Até lá, os investidores parecem ter preferido recuperar as
forças e, com isso, nossa Bolsa
encerrou a terceira semana de
junho com desvalorização",
completa a análise.
Ações em baixa
Das 65 ações que estão na
composição do índice Ibovespa, o mais relevante do mercado doméstico, 49 encerraram a
semana com desvalorização
acumulada.
Entre os papéis mais negociados, destaque para as baixas
de Petrobras PN (-5,89%), Vale
PNA (-5,13%) e Bradesco PN
(-3,77%) na semana.
O balanço da semana trouxe
a ação ordinária (com direito a
voto) da Cosan com a maior depreciação acumulada. No período, o papel teve perdas de
14,56%. Em seguida ficou a
ação PN da TIM Participações,
que recuou 10,57%.
No pregão da Bolsa de ontem, quem chamou a atenção
foi a Eletrobrás. Informações
de que a empresa do setor elétrico irá pagar aos acionistas,
ainda neste ano, dividendos retidos em anos anteriores atraiu
compradores para seus papéis.
No fim do pregão, as ações
ordinárias da Eletrobrás registravam ganhos de 6,38%, sendo
um dos destaques do dia. O resultado colocou a ação da Eletrobrás na lista das maiores altas da semana -o papel da empresa subiu 8,25% no período.
Outras ações do setor elétrico se destacaram na semana: o
papel da Light ganhou 9,58%, e
o da Eletropaulo subiu 9,52%.
No pregão de ontem, houve
mais papéis, além dos da Eletrobrás, com forte ganhos: Gol
PN, que subiu 6,73%, Redecard
ON, com 5,87%, e Copel PNB,
que subiu 4,89%.
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