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PAGAMENTO
Desemprego perde espaço como motivo de inadimplência
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
A participação do desemprego como justificativa para
a inadimplência recuou no
primeiro semestre, com relação a igual período em 2006.
Segundo pesquisa da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, com
3.507 endividados, a falta de
trabalho foi o motivo citado
por 7% dos entrevistados. No
ano passado, tinha sido
apontado por 10%. Já o atraso no pagamento do salário
caiu de 12% para 5%.
Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados) mostraram recorde de criação de
emprego formal no primeiro
semestre, com saldo de 1,095
milhão de postos no período.
Para Fábio Romão, economista da consultoria LCA, a
formalização é um dos motivos da redução no atraso salarial. Além disso, o salário
de quem tem carteira assinada é maior. De acordo com os
últimos dados do IBGE, o
rendimento médio desses
ocupados era de R$ 1.102,80
em maio, contra R$ 746,40
dos informais.
Enquanto os dois itens relacionados ao mercado de
trabalho recuaram como
motivos da inadimplência, o
descontrole financeiro foi
apontado por 54% dos entrevistados, contra 37% no levantamento anterior.
José Antônio Praxedes
Neto, vice-presidente da Telecheque, atribui esse aumento à ampliação na oferta
de crédito, especialmente
para um público de menor
renda, que antes tinha dificuldade em conseguir empréstimo nas instituições.
A bancarização pode ter
alavancado esse item, já que
a abertura de uma conta corrente inclui no pacote limite
de crédito, cheque especial e
ainda cartão de crédito. Os
"private label" (cartões de loja) também foram citados
por Praxedes.
Autor do livro "Sobrou Dinheiro!", Luís Carlos Ewald,
especialista em economia
doméstica, sugere que o inadimplente venda um bem,
como o automóvel, por
exemplo, para quitar o débito, ou renegocie a dívida,
com juros menores.
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