São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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PAGAMENTO

Desemprego perde espaço como motivo de inadimplência

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

A participação do desemprego como justificativa para a inadimplência recuou no primeiro semestre, com relação a igual período em 2006.
Segundo pesquisa da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, com 3.507 endividados, a falta de trabalho foi o motivo citado por 7% dos entrevistados. No ano passado, tinha sido apontado por 10%. Já o atraso no pagamento do salário caiu de 12% para 5%.
Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostraram recorde de criação de emprego formal no primeiro semestre, com saldo de 1,095 milhão de postos no período.
Para Fábio Romão, economista da consultoria LCA, a formalização é um dos motivos da redução no atraso salarial. Além disso, o salário de quem tem carteira assinada é maior. De acordo com os últimos dados do IBGE, o rendimento médio desses ocupados era de R$ 1.102,80 em maio, contra R$ 746,40 dos informais.
Enquanto os dois itens relacionados ao mercado de trabalho recuaram como motivos da inadimplência, o descontrole financeiro foi apontado por 54% dos entrevistados, contra 37% no levantamento anterior.
José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque, atribui esse aumento à ampliação na oferta de crédito, especialmente para um público de menor renda, que antes tinha dificuldade em conseguir empréstimo nas instituições.
A bancarização pode ter alavancado esse item, já que a abertura de uma conta corrente inclui no pacote limite de crédito, cheque especial e ainda cartão de crédito. Os "private label" (cartões de loja) também foram citados por Praxedes.
Autor do livro "Sobrou Dinheiro!", Luís Carlos Ewald, especialista em economia doméstica, sugere que o inadimplente venda um bem, como o automóvel, por exemplo, para quitar o débito, ou renegocie a dívida, com juros menores.


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