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China cresce 11,9% no segundo trimestre
Expansão é a maior desde 1995 e aproxima país da Alemanha na disputa pelo posto de terceira maior economia mundial
No primeiro semestre, PIB chinês avançou 11,5%, ainda distante da meta do governo, que deseja um crescimento de 8% ao ano
Reuters
![](../images/b2007200701.jpg) |
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Funcionário trabalha em tecelagem chinesa; crescimento gera preocupações sobre a possibilidade de o país entrar em superaquecimento
DA REDAÇÃO
Apesar das promessas do governo chinês de tentar conter o
crescimento, a economia do
país se expandiu em 11,9% entre abril e junho deste ano, o
maior avanço para um trimestre desde 1995. O resultado
aproximou a China da Alemanha na disputa pelo posto de
terceira maior economia do
mundo, mas também gerou
preocupações sobre a possibilidade de o país entrar em superaquecimento.
O crescimento da China foi
impulsionado principalmente
pelo superávit da balança comercial e pelos investimentos
em novas fábricas e imóveis,
que o governo não conseguiu
diminuir com as duas altas das
taxas de juros e as restrições
aos empréstimos bancários que
promoveu neste ano
Nos primeiros três meses
deste ano, a economia chinesa
se acelerou em 11,1%, e o crescimento do primeiro semestre ficou em 11,5%. A meta oficial do
governo é de uma expansão de
8% do PIB (Produto Interno
Bruto). Na semana passada, Pequim revisou para 11,1% a expansão do ano passado -a estimativa anterior era que ela tivesse acelerado 10,7%.
De acordo com analistas,
crescem as pressões para que o
governo chinês tome medidas
para conter seu crescimento
-e diminuir as especulações
sobre superaquecimento. Segundo eles, Pequim deveria elevar novamente a sua taxa de juros ou permitir a valorização da
sua moeda, o yuan. A valorização do yuan tiraria parte da
competitividade dos produtos
chineses, dificultando a sua exportação e retirando pressão
sobre a economia local.
A moeda chinesa é alvo de
críticas do governo dos EUA,
que acusa Pequim de mantê-la
desvalorizada artificialmente,
prejudicando as exportações
americanas. E, apesar de recentemente Washington ter restringido a importação de alguns produtos chineses por
problemas sanitários, o país
asiático teve um superávit comercial recorde no primeiro
semestre deste ano, de cerca
US$ 112 bilhões, e a maior parte
do saldo veio de transações
com os Estados Unidos.
Medidas
Li Xiaochao, porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas chinês, afirmou que o governo tomará medidas para
"mudar o padrão do crescimento econômico e aprofundar a
reforma", mas não deu detalhes
sobre quais medidas serão tomadas.
A eventual desaceleração do
país reduziria a demanda por
matérias-primas e componentes produzidos em outras regiões. Na semana passada, a mineradora anglo-australiana Rio
Tinto ofereceu US$ 38 bilhões
pela canadense Alcan e disse
que um dos fatores que influenciaram a decisão foi a demanda
chinesa por minério de ferro.
Inflação
A inflação do país subiu para
4,4% em junho, a taxa de expansão mais acelerada desde
setembro de 2004, e ultrapassou a meta do BC chinês, de 3%,
pelo quarto mês consecutivo.
A escassez de suínos causada
pelo surto de uma doença e a
disparada dos preços internacionais dos grãos estão entre os
principais impulsionadores da
inflação chinesa, que representa mais um complicador para
os esforços do banco central de
conter os impopulares aumentos de preços.
Com agências internacionais
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