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Bolsa de SP avança 1% e supera os 58 mil pontos
NY também sobe e atinge
inéditos 14 mil pontos
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro doméstico tem alternado dias de
altas e baixas. Ontem, foi a vez
de recuperação do fraco desempenho de quarta-feira. Amparada em uma valorização de
0,99%, a Bolsa de Valores de
São Paulo rompeu pela primeira vez o teto dos 58 mil pontos
-fechou com 58.124 pontos.
O real também voltou a se
apreciar. O dólar terminou as
operações vendido a R$ 1,856
-a mais baixa cotação desde 9
de outubro de 2000-, após
perder mais 0,27% de seu valor
diante da moeda brasileira.
A ata da última reunião do
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA), apresentada
ontem, foi o evento mais aguardado pelos investidores internacionais no dia. O documento
acabou sendo menos pessimista que o temido e deu espaço
para que os mercados se recuperassem.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,59% e
cravou 14 mil pontos, patamar
nunca antes alcançado em sua
história. A Bolsa eletrônica
Nasdaq teve ganhos de 0,76%.
Balanços bem recebidos, como o da IBM, motivaram os investidores a comprar ações em
Wall Street. As ações da IBM tiveram valorização expressiva
de 4% ontem.
A queda nos pedidos de seguro-desemprego, anunciada pelo Departamento do Trabalho
dos EUA, também colaborou
para o bom humor do mercado,
mostrando uma economia
mais aquecida que o projetado.
Para o resultado da Bovespa,
a elevação no preço do barril de
petróleo foi positiva. Isso porque levou as ações da Petrobras, as de maior peso na composição do índice Ibovespa, a
fechar em alta. No fim do pregão, Petrobras PN marcava alta
de 1,44%, e a ação ON da companhia subia 1,12%.
A ação preferencial "A" da
Vale do Rio Doce, a mais negociada ontem, registrou valorização de 0,87%, colaborando
para a Bovespa quebrar seu 32º
recorde do ano.
O dia só não foi melhor devido às quedas das ações de TAM
e Gol. Ainda refletindo o desastre com o avião da TAM, ocorrido na noite de terça-feira, as
ações da empresa aérea tiveram a maior baixa do pregão,
encerrando com recuo de 6,3%.
O papel PN da Gol foi o segundo
que mais caiu, ao terminar com
perdas de 4,04%.
A decisão do Copom (Comitê
de Política Monetária), que reduziu a taxa básica Selic de 12%
para 11,5% na noite de quarta-feira, não mexeu muito com os
investidores. A maioria do mercado esperava que houvesse
uma redução dessa magnitude
nos juros básicos.
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