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COMÉRCIO
FGTS estimulou movimento em julho, diz Abras; setor espera crescer 1,5%
Supermercado vende 5,45% mais
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
As vendas nos supermercados
brasileiros cresceram 5,45% em
julho em relação a junho, conforme informações divulgadas ontem pela Fundação Abras, órgão
da Associação Brasileira de Supermercados.
O maior ânimo para as vendas
do setor, em julho, pode ser atribuído a dois fatores. O primeiro
deles foi a liberação de recursos
do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) referente aos
planos Collor e Verão. Os três dias
úteis a mais em julho, em comparação com junho, também impulsionaram o desempenho positivo.
Entretanto, apesar da expansão
do volume de vendas no mês passado, o acumulado do setor nos
sete primeiros meses deste ano
continua em baixa. As vendas dos
supermercados encolheram
1,59%. Entre janeiro e junho deste
ano, a retração foi de 2%.
Segundo o presidente da associação, José Humberto Pires, a
queda nas vendas fez a Abras rebaixar a previsão de crescimento.
No início do ano, a meta era crescer 2,5%. Em junho, a associação
decidiu estabelecer um patamar
de 1,5%. Apesar de modesto, o índice é superior ao do ano passado,
que não ultrapassou 0,5%.
Se os atacadistas podem comemorar a melhoria no índice de
vendas, para os consumidores o
balanço de julho não é tão favorável. A cesta Abrasmercado, indicador que mede as variações de
preços de produtos nos supermercados brasileiros, revela alta
pelo segundo mês consecutivo.
Em comparação com o mês de junho, o preço médio da cesta cresceu 0,72% e ficou em R$ 145,80.
O feijão, com aumento de
15,56%, liderou o ranking de altas
dos 35 produtos da cesta da
Abras, devido ao período de entressafra. Óleo de soja, farinha de
trigo e queijo prato ficam logo
atrás com 8,76% e 4,49% e 4,03%
de acréscimo, respectivamente. A
pressão sobre o preço desses itens
foi provocada pela alta do dólar.
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