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Volks concede férias coletivas para 4.500
DA REPORTAGEM LOCAL
A Volkswagen concedeu férias
coletivas por um período de 20
dias para 4.500 funcionários das
unidades de São Bernardo do
Campo e de Taubaté. Esses empregados, em sua maioria da linha de produção do Gol, só retornarão ao trabalho no dia 9 de setembro.
A medida, anunciada antes da
redução do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) no
início deste mês, foi mantida pela
montadora para ajustar sua produção à queda nas vendas. Mesmo com a realização de promoções e feirões, a Volks ainda tem
estoques altos -seus pátios têm
entre 22 mil e 25 mil veículos.
Segundo o vice-presidente de
recursos humanos da montadora,
João Rached, a empresa deve
manter em setembro a chamada
Semana Volkswagen -jornada
flexível com quatro dias de trabalho. Essa medida, que prevê 34
horas semanais de trabalho, já
vem sendo adotada neste mês.
"É cedo ainda para avaliar o impacto da redução do IPI nas vendas. O mercado está oscilando
muito. Só neste ano foram cinco
meses com jornadas semanais de
34 a 36 horas e três meses com jornadas de 40 a 42 horas. A tendência é manter a jornada reduzida
em setembro", disse.
As férias coletivas vão atingir
2.500 dos 16,5 mil funcionários de
São Bernardo e 2.000 dos 6.500 da
unidade de Taubaté. Outros 50
trabalhadores de São Carlos, fábrica de motores que emprega
525 operários, estão em férias coletivas desde o dia 12 deste mês e
até 1º de setembro.
De acordo com a comissão de
fábrica da Volks de São Bernardo,
a produção deve passar de 3.600
veículos por semana para 2.800
durante as férias coletivas.
"A situação só não é mais grave
porque os trabalhadores têm garantia de emprego até 2006 devido ao acordo feito no final de 2001", disse José Lopez Feijoó, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Scania
Na Scania, a retração nas vendas levou a montadora a conceder folgas a partir de setembro para trabalhadores com férias vencidas.
Serão concedidas férias de 30 dias para grupos de 280 funcionários.
"Se a situação do mercado interno não melhorar, há previsão de
manter esse esquema por até cinco meses", disse Wilson Fornazieri, integrante do SUR (Sistema Único de Representação).
A empresa, que emprega 2.100 funcionários em São Bernardo, mantém 65 deles em licença remunerada até novembro. (CR)
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