São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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Volks concede férias coletivas para 4.500

DA REPORTAGEM LOCAL

A Volkswagen concedeu férias coletivas por um período de 20 dias para 4.500 funcionários das unidades de São Bernardo do Campo e de Taubaté. Esses empregados, em sua maioria da linha de produção do Gol, só retornarão ao trabalho no dia 9 de setembro.
A medida, anunciada antes da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no início deste mês, foi mantida pela montadora para ajustar sua produção à queda nas vendas. Mesmo com a realização de promoções e feirões, a Volks ainda tem estoques altos -seus pátios têm entre 22 mil e 25 mil veículos.
Segundo o vice-presidente de recursos humanos da montadora, João Rached, a empresa deve manter em setembro a chamada Semana Volkswagen -jornada flexível com quatro dias de trabalho. Essa medida, que prevê 34 horas semanais de trabalho, já vem sendo adotada neste mês.
"É cedo ainda para avaliar o impacto da redução do IPI nas vendas. O mercado está oscilando muito. Só neste ano foram cinco meses com jornadas semanais de 34 a 36 horas e três meses com jornadas de 40 a 42 horas. A tendência é manter a jornada reduzida em setembro", disse.
As férias coletivas vão atingir 2.500 dos 16,5 mil funcionários de São Bernardo e 2.000 dos 6.500 da unidade de Taubaté. Outros 50 trabalhadores de São Carlos, fábrica de motores que emprega 525 operários, estão em férias coletivas desde o dia 12 deste mês e até 1º de setembro.
De acordo com a comissão de fábrica da Volks de São Bernardo, a produção deve passar de 3.600 veículos por semana para 2.800 durante as férias coletivas.
"A situação só não é mais grave porque os trabalhadores têm garantia de emprego até 2006 devido ao acordo feito no final de 2001", disse José Lopez Feijoó, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Scania
Na Scania, a retração nas vendas levou a montadora a conceder folgas a partir de setembro para trabalhadores com férias vencidas. Serão concedidas férias de 30 dias para grupos de 280 funcionários.
"Se a situação do mercado interno não melhorar, há previsão de manter esse esquema por até cinco meses", disse Wilson Fornazieri, integrante do SUR (Sistema Único de Representação).
A empresa, que emprega 2.100 funcionários em São Bernardo, mantém 65 deles em licença remunerada até novembro. (CR)

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