São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2004

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BARRIL DE PÓLVORA

Barril sobe mais de 3% em NY e atinge novo recorde com incêndio

Petróleo supera US$ 48 após atentado

DA REDAÇÃO

Os preços futuros do petróleo em Londres e em Nova York atingiram novos recordes no fechamento e durante os negócios ontem, com aumento de mais de US$ 1, devido a temores de que a violência no Iraque possa prejudicar o fornecimento mundial.
O contrato para entrega em setembro na Bolsa Mercantil de Nova York fechou com ganho de 3,03%, a US$ 48,70, recuando um pouco do recorde de US$ 48,75 atingido durante o pregão.
O petróleo do tipo Brent, de referência para o mercado europeu, teve valorização de 3,02% e fechou a US$ 44,33 o barril, também um novo recorde.
Um atentado na cidade de Basra, no Iraque, incendiou a sede da petrolífera South Oil, segundo testemunhas, e ajudou a enervar os mercados. Apesar do incidente, porém, autoridades iraquianas afirmaram que as exportações continuavam em 1 milhão de barris de petróleo por dia.
Nos últimos dias, uma milícia xiita já havia ameaçado atacar instalações de produção de petróleo no sul do Iraque se as forças militares dos EUA continuassem com as invasões na cidade de Najaf.
Os temores quanto à continuidade da produção no Iraque estão entre os principais motivos para as cotações recordes do petróleo, de acordo com especialistas, e os atentados com freqüência têm como alvos a infra-estrutura de produção e exportação.
Autoridades do setor petrolífero iraquiano já declararam que as exportações da commodity não devem retornar à sua capacidade total até que a violência no sul do país esteja sob controle.
A crise da petrolífera russa Yukos, responsável por cerca de 2% da produção mundial e que está ameaçada de quebra devido a conflitos com o Kremlin, o aumento da demanda mundial e a ação de especuladores são outros motivos para a alta do petróleo. O mercado ainda desconfia da capacidade da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de elevar a sua produção.


Com agências internacionais

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