São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Petróleo passa de US$ 72 e impulsiona Bolsa de SP

Bovespa tem alta de 0,7% impulsionada por Petrobras

DA REPORTAGEM LOCAL

Após iniciar a semana em queda, a Bolsa de Valores de São Paulo retomou a rota de alta. Ontem a Bovespa subiu mais 0,73% e voltou a ficar acima dos 56 mil pontos.
A disparada do petróleo foi fundamental para o resultado da Bovespa, pois deu alento às ações da Petrobras -as mais negociadas do mercado acionário doméstico. A ação preferencial da Petrobras, que sozinha respondeu por 15% de toda movimentação de ontem, fechou com apreciação de 1,48%. No mês, o papel da petrolífera registra alta de 4,23%.
O barril de petróleo subiu para US$ 72,42 em Nova York, após apreciação de 4,67%.
Dados apresentados pelo Departamento de Energia dos EUA, que mostraram recuo nos estoques de óleo cru -enquanto os analistas contavam com elevação-, foram o motivador da alta do produto.
O dia começou negativo no mercado doméstico, reflexo do mau desempenho das Bolsas asiáticas. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou 0,79%. A Bolsa de Xangai perdeu 4,31% no pregão de ontem.
Na primeira hora de pregão, a Bovespa chegou a cair 1,49%, descendo aos 54.917 pontos.
"A Bolsa de Xangai voltou a despencar. Apesar de a alta no ano ser de 53%, em agosto a Bolsa já caiu 18,4%, em forte movimento de realização de lucros", diz relatório do banco Fator divulgado ontem.
"O principal motivador desse movimento é a preocupação com a diminuição no ritmo de expansão na concessão de crédito na China que se desenha para o semestre. A redução das concessões era até considerada bem-vinda, mas o fato é que, agora que se vislumbra um esfriamento no crédito, analistas se questionam sobre a manutenção do ritmo de crescimento do país", completa.
Mas o sinal positivo no mercado norte-americano estimulou a recuperação no Brasil.
No fim do dia, a Bovespa estava com 56.156 pontos, o que representa valorização mensal acumulada de 2,54%.
Os maiores ganhos do pregão ficaram com VCP ON, que se apreciou em 6,28%, Aracruz PNB, que subiu 5,20%, e Klabin PN, com alta de 2,85%.
A queda nos estoques de óleo nos EUA pode significar que está havendo um consumo mais representativo no país. E, se o consumo cresce, a recuperação econômica ganha fôlego.
O índice Dow Jones, que agrupa 30 das ações americanas mais negociadas, subiu 0,66%. A ação da ExxonMobil se valorizou em 2,27%.
A Bolsa de Londres teve alta discreta, de 0,08%. No setor petrolífero, destaque para a alta de 1,34% da BP.

Câmbio
A mudança no cenário internacional permitiu que o real se recuperasse nas operações de ontem. Após chegar a ser negociado a R$ 1,866, o dólar perdeu força, para encerrar os negócios cotado a R$ 1,846. A baixa de 0,22% de ontem fez a depreciação acumulada no mês alcançar 1,02%.
No ano, o dólar registra queda de 20,9% diante do real.


Texto Anterior: Europa: Preços ao produtor recuam ao patamar de 2007 na Alemanha
Próximo Texto: Câmbio: Fluxo de dólares no mês fica positivo em US$ bi até o dia 14
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.