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MERCADO FINANCEIRO
Taxas futuras tendem a recuar, pois parte dos investidores esperava corte de 0,25 ponto no Copom
Redução nos juros pode empurrar Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro tende a
viver um dia de ajustes positivos
hoje. Isso porque a decisão do Copom, de reduzir a taxa básica da
economia de 19,50% para 19%,
veio no topo das expectativas dos
investidores.
Uma parcela considerável do
mercado esperava que houvesse
redução de só 0,25 ponto percentual. Com isso, as projeções futuras de juros devem recuar na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), e a Bovespa tem tudo
para ter mais um dia de ganhos.
As operações do mercado foram encerradas antes de o Copom anunciar sua decisão.
Ontem, a Bovespa seguiu o
mercado norte-americano e recuperou um pouco de suas recentes
perdas. Mas a alta de 0,79% foi pequena diante da queda de 3,88%
de terça-feira, quando a Bolsa teve
seu segundo pior dia do ano.
A divulgação do Livro Bege
-relatório periódico elaborado
pelo Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos, sobre
a situação econômica do país-
deixou os investidores menos
cautelosos, permitindo que os
mercados acionários reagissem
positivamente.
O Ibovespa (principal índice da
Bolsa paulista) recuou durante
boa parte do pregão de ontem
-chegou a registrar perdas de
1,62% no pior momento do dia.
Mas virou nas últimas duas horas
de negociação.
O setor de telecomunicações foi
o que carregou a Bolsa de Valores
de São Paulo ontem, concentrando as principais valorizações do
pregão.
A ação preferencial da Tele Leste Celular teve alta de 11,57%.
O papel ordinário da TIM Participações fechou o pregão com ganho de 8,74%, seguido pelos da
Net PN (6,81%) e da CRT Celular
PNA (6,24%).
Estrangeiros
Operadores afirmaram que a
presença de estrangeiros nas
compras ontem foi significativa,
invertendo o ritmo de saída presenciado especialmente na semana passada.
O dólar encerrou ontem com alta de 0,40%. Mas a moeda norte-americana segue em baixos valores diante do real -fechou vendida a R$ 2,25.
Um importante indicador do
humor do estrangeiros, o risco-país brasileiro, chegou ao fim do
dia a 372 pontos -o que representou uma baixa de 0,27%.
(FABRICIO VIEIRA)
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