São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Taxas futuras tendem a recuar, pois parte dos investidores esperava corte de 0,25 ponto no Copom

Redução nos juros pode empurrar Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro tende a viver um dia de ajustes positivos hoje. Isso porque a decisão do Copom, de reduzir a taxa básica da economia de 19,50% para 19%, veio no topo das expectativas dos investidores.
Uma parcela considerável do mercado esperava que houvesse redução de só 0,25 ponto percentual. Com isso, as projeções futuras de juros devem recuar na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), e a Bovespa tem tudo para ter mais um dia de ganhos.
As operações do mercado foram encerradas antes de o Copom anunciar sua decisão.
Ontem, a Bovespa seguiu o mercado norte-americano e recuperou um pouco de suas recentes perdas. Mas a alta de 0,79% foi pequena diante da queda de 3,88% de terça-feira, quando a Bolsa teve seu segundo pior dia do ano.
A divulgação do Livro Bege -relatório periódico elaborado pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, sobre a situação econômica do país- deixou os investidores menos cautelosos, permitindo que os mercados acionários reagissem positivamente.
O Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) recuou durante boa parte do pregão de ontem -chegou a registrar perdas de 1,62% no pior momento do dia. Mas virou nas últimas duas horas de negociação.
O setor de telecomunicações foi o que carregou a Bolsa de Valores de São Paulo ontem, concentrando as principais valorizações do pregão.
A ação preferencial da Tele Leste Celular teve alta de 11,57%.
O papel ordinário da TIM Participações fechou o pregão com ganho de 8,74%, seguido pelos da Net PN (6,81%) e da CRT Celular PNA (6,24%).

Estrangeiros
Operadores afirmaram que a presença de estrangeiros nas compras ontem foi significativa, invertendo o ritmo de saída presenciado especialmente na semana passada.
O dólar encerrou ontem com alta de 0,40%. Mas a moeda norte-americana segue em baixos valores diante do real -fechou vendida a R$ 2,25.
Um importante indicador do humor do estrangeiros, o risco-país brasileiro, chegou ao fim do dia a 372 pontos -o que representou uma baixa de 0,27%.
(FABRICIO VIEIRA)


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