São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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Governo holandês injeta 10 bi no ING, depois de rumores de falta de capital

DA REDAÇÃO

O governo da Holanda anunciou ontem que vai injetar 10 bilhões (US$ 13,4 bilhões) na principal instituição financeira do país, o ING, depois dos rumores no mercado de que ela estava sem capital. Na sexta, o ING disse que terá prejuízo no terceiro trimestre, o primeiro na história da instituição.
O ministro das Finanças holandês, Wouter Bos, disse que o acordo era necessário devido à grande volatilidade nos mercados financeiros globais no momento. Segundo ele, o ING é uma instituição "saudável", mas a que situação dos mercados "é tão imprevisível no momento, tão arriscada, e as expectativas são tamanhas que é do interesse do ING reforçar seu capital em 10 bilhões".
Em troca da ajuda, o governo da sexta maior economia européia receberá ações sem direito a voto do ING e deverá apontar dois nomes para o conselho de supervisão da instituição. Já o ING vai cancelar o pagamento de dividendos até o fim do ano.
"As condições de mercado mudaram dramaticamente nas últimas semanas e levaram a uma crença reconhecida internacionalmente de que, no atual ambiente de mercado, as exigências de capital para as instituições financeiras devem ser maiores", afirmou, em nota, o presidente-executivo do ING, Michel Tilmant, sobre a decisão de aceitar a ajuda estatal.
Na sexta-feira, os rumores de que a instituição estava ficando sem capital desvalorizaram as ações do ING em 27,5%, o que derrubou seu valor de mercado para pouco mais de US$ 21,5 bilhões. No ano, os seus papéis já recuaram 72,63% na Bolsa de Nova York.
No início deste mês, o governo holandês, ao lado dos de Bélgica e Luxemburgo, resgatou o banco Fortis.


Com agências internacionais


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