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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 2% e US$ 240 mi deixam o país
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve alta de 2,04% ontem. O vencimento das opções (direito de compra ou venda de uma ação no futuro) determinou as oscilações no
mercado paulista.
Os boatos de que o governo
anunciaria hoje ou amanhã os valores e as metas do acordo com o
Fundo Monetário Internacional
ajudou a puxar para cima as cotações das ações em São Paulo, além
da alta de 0,59% em Nova York.
Pela manhã, a Bolsa paulista
abriu em baixa, chegando a cair
0,71%, mas subiu 3,92% por causa
do exercício de opções, até as
13h30. "Wall Street não teve movimentos que justificassem tanta
oscilação", disse Pedro Thomazone, do Lloyds.
Os investidores que haviam
comprado as opções de compra
do Recibo (clone do que era a Telebrás antes da cisão) a R$ 90 pressionaram por uma alta no mercado. Exerceram seu direito de compra no momento em que o Recibo
ultrapassou R$ 90 e ganharam dinheiro com a diferença.
Também parte dos investidores
que haviam vendido essa mesma
opção de compra tinham interesse
que o preço do Recibo subisse. São
os investidores que tinham o Recibo em carteira para entregar e
queriam se livrar deles no mercado à vista aproveitando a alta.
O Banco Central interveio no
over, o mercado por um dia, e voltou a subir os juros. Tomou dinheiro emprestado a 41,70% ao
ano, contra 41,60% na sexta-feira.
Ao subir os juros, o governo torna
os investimentos em reais mais
atrativos e tenta segurar os dólares
que insistem em sair do país.
Ontem, até as 19h15, haviam saído US$ 135 milhões pelo câmbio
flutuante, um segmento do dólar
turismo, e mais US$ 105 milhões
pelo câmbio comercial, um total
de US$ 240 milhões. O mercado de
câmbio fecha às 21h30.
Na sexta-feira, apesar da entrada
de algo entre US$ 500 milhões e
US$ 600 milhões relativos à compra do Excel pelo banco espanhol
Bilbao Viscaya, o fluxo de dólares
foi negativo. Saíram do país US$
103,23 milhões.
O BC atuou também no mercado
de dólar comercial e desvalorizou
o real em 0,04% no piso e 0,13%
no teto da minibanda, a faixa informal de variação do câmbio,
mantendo, portanto, a política
cambial, de desvalorizações graduais da moeda.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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