São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Investidores aguardam a reunião do Copom, que define hoje juros; moeda dos EUA fecha a R$ 3,57

Dólar sobe, mas risco-país cai mais 2,7%

DA REPORTAGEM LOCAL

Em dia de cautela pela espera do resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre os juros, o dólar fechou com pequena alta, de 0,28%, cotado a R$ 3,57.
O C-Bond fechou com valorização de 2,89% e o risco-país caiu para 1.614 pontos (-2,7%).
A cotação da moeda norte-americana oscilou bastante durante o dia e chegou a cair 1,21%. No final da tarde, subiu e chegou a ser vendida a R$ 3,603. Nesse momento, o Banco Central atuou no mercado vendendo dólares.
Como hoje vencem aproximadamente US$ 389 milhões da dívida cambial do governo que ainda não foi rolada, os analistas dizem que o mercado estava disposto a fazer o Ptax (preço médio do dólar, medido diariamente pelo Banco Central) subir, pois a dívida é resgatada pela taxa do dia anterior ao do vencimento.
Segundo operadores, mesmo com o pequeno volume de vendas (que não é divulgado), o dólar cedeu rapidamente com a atuação da autoridade monetária e fechou com alta menos acentuada.
"Só a consulta do BC aos bancos foi suficiente para aliviar a cotação e deixar o mercado mais tranquilo", disse Helio Osaki, analista da corretora Finambras.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, a taxa do contrato DI (que considera os juros interbancários) com vencimento em dezembro subiu de 22,11% para 22,19% por ano. Mais uma vez esse foi o contrato mais negociado na Bolsa e demonstra a preocupação dos investidores com uma nova alta da Selic (taxa básica de juros).
O Ibovespa, índice que mede a variação dos preços dos 55 papéis mais negociados na Bovespa, fechou o dia estável, aos 9.971 pontos. O volume financeiro total ficou em R$ 565,2 milhões e foi considerado "razoável" pelo mercado, principalmente sendo véspera da reunião do Copom.
As maiores altas do dia ocorreram com as ações da Embratel -valorização de 8,9% nas preferenciais e 8,3% nas ordinárias.
As maiores baixas ficaram com AES Elpa ON (6,5%), Embraer ON (6,5%) e Embraer PN (6,4%).
Segundo os operadores, as ações da Embraer caíram devido às vendas de alguns investidores, motivados pelas más perspectivas do setor aéreo e pela confirmação do governo da Colômbia de que os EUA fizeram pressões contra a compra de 24 aviões da empresa.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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