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MERCADO FINANCEIRO
Investidores aguardam a reunião do Copom, que define hoje juros; moeda dos EUA fecha a R$ 3,57
Dólar sobe, mas risco-país cai mais 2,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em dia de cautela pela espera
do resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre os juros, o dólar fechou com pequena
alta, de 0,28%, cotado a R$ 3,57.
O C-Bond fechou com valorização de 2,89% e o risco-país caiu
para 1.614 pontos (-2,7%).
A cotação da moeda norte-americana oscilou bastante durante o
dia e chegou a cair 1,21%. No final
da tarde, subiu e chegou a ser vendida a R$ 3,603. Nesse momento,
o Banco Central atuou no mercado vendendo dólares.
Como hoje vencem aproximadamente US$ 389 milhões da dívida cambial do governo que ainda
não foi rolada, os analistas dizem
que o mercado estava disposto a
fazer o Ptax (preço médio do dólar, medido diariamente pelo
Banco Central) subir, pois a dívida é resgatada pela taxa do dia anterior ao do vencimento.
Segundo operadores, mesmo
com o pequeno volume de vendas
(que não é divulgado), o dólar cedeu rapidamente com a atuação
da autoridade monetária e fechou
com alta menos acentuada.
"Só a consulta do BC aos bancos
foi suficiente para aliviar a cotação e deixar o mercado mais tranquilo", disse Helio Osaki, analista
da corretora Finambras.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, a taxa do contrato DI (que
considera os juros interbancários) com vencimento em dezembro subiu de 22,11% para 22,19%
por ano. Mais uma vez esse foi o
contrato mais negociado na Bolsa
e demonstra a preocupação dos
investidores com uma nova alta
da Selic (taxa básica de juros).
O Ibovespa, índice que mede a
variação dos preços dos 55 papéis
mais negociados na Bovespa, fechou o dia estável, aos 9.971 pontos. O volume financeiro total ficou em R$ 565,2 milhões e foi
considerado "razoável" pelo mercado, principalmente sendo véspera da reunião do Copom.
As maiores altas do dia ocorreram com as ações da Embratel
-valorização de 8,9% nas preferenciais e 8,3% nas ordinárias.
As maiores baixas ficaram com
AES Elpa ON (6,5%), Embraer
ON (6,5%) e Embraer PN (6,4%).
Segundo os operadores, as
ações da Embraer caíram devido
às vendas de alguns investidores,
motivados pelas más perspectivas
do setor aéreo e pela confirmação
do governo da Colômbia de que
os EUA fizeram pressões contra a
compra de 24 aviões da empresa.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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