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São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Sinal amarelo
A soja entrou no sinal amarelo. Realização de lucro dos fundos, nova lei de transgênicos no Paraná e as recentes chuvas jogaram os preços do produto para baixo, segundo o analista José Pitoli. A redução da demanda interna, com a desaceleração industrial no próximo mês, deverá desaquecer ainda mais os preços.

Transgênico no Paraná
Pitoli diz que a exigência do governo paranaense de limpar os estoques de soja transgênica até 24 deste mês provocou uma correria nas negociações no porto de Paranaguá. Foram muitos os vendedores, mas não havia compradores, diz ele. A saca do produto recuou de R$ 51 para até R$ 48.

Reflexos em Ponta Grossa
A redução de preços da soja atingiu também as negociações em Ponta Grossa, cidade formadora de preços. Os contratos de lote recuaram R$ 2 nos últimos dias, para R$ 48. Com a parada de moagem das grandes indústrias, a demanda de soja diminui e só volta a aquecer no próximo ano, diz Pitoli.

Plantio
As chuvas recentes nas principais regiões produtoras de soja são sinais de que a boa safra brasileira -estimada em 60 milhões de toneladas- pode se confirmar. Com isso, o plantio paranaense deve avançar nos próximos dias, atingindo de 60% a 70% da área destinada ao produto.

Comercialização flui
As vendas internas de trigo estão fluindo mais do que há algumas semanas, mas os preços ainda não são os esperados pelos produtores.

Demanda maior
A demanda maior de milho, devido ao aumento de alojamento de aves e ao incremento das exportações, provocou alta de R$ 3,50 por saca nos últimos 30 dias. A partir da segunda quinzena de dezembro, quando o setor avícola intensifica o abate, a pressão sobre os preços diminuirá.

Alento à planta
As chuvas registradas nas regiões de milho deram novo alento à plantação de milho, que vinha sofrendo com os reflexos da seca. José Pitoli diz que essas chuvas podem garantir produtividade maior, o que já era descartado se o clima continuasse seco.

Suíno em queda
A forte concorrência dos produtores do Rio Grande do Sul e o baixo consumo de carne suína forçaram os frigoríficos paulistas a baixar os preços ontem. A arroba da carne chegou a ser negociada a R$ 41. A queda em relação ao dia anterior foi de 1,48%.

Arroz em alta
O preço do arroz voltou a subir ontem nas cooperativas do Sul do país. A saca de 50 kg do produto em casca foi negociada a R$ 38, em média. Os baixos estoques e a falta do grão para o consumidor final explicam o aumento. Neste mês, a alta média é de 9,8%.

Agronegócio paulista
O saldo da agronegócio paulista na balança comercial do Estado foi de US$ 3,75 bilhões de janeiro a outubro deste ano, com aumento de 31% em relação aos valores do ano passado.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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