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Demanda por energia subirá 50% até 2030
Documento da reunião do G20 pede reforma e investimento no mercado energético para evitar fricções internacionais
Emergência econômica de Índia e China explicam grande parte da expansão na procura por energia nas próximas décadas
Ed Giles/Reuters
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Em dia calmo, policiais australianos tomam sorvete perto do local onde ocorreu reunião do G20 |
DA REPORTAGEM LOCAL
As autoridades econômicas
dos 20 países mais industrializados do mundo concluíram
ontem encontro de dois dias na
Austrália com a previsão de que
a demanda global por energia
subirá 25% até 2015 e 50% até
2030. Metade do aumento será
concentrado em petróleo e gás.
O documento final da reunião pede reformas e investimentos no mercado energético
para reduzir as flutuações de
preços e garantir o atendimento da demanda crescente.
O principal motor da expansão das necessidades energéticas é a ascensão da China e da
Índia, países que reúnem 40%
da população mundial.
O secretário de Tesouro australiano, Peter Costello, que
presidiu o encontro do G20 Finanças, avaliou que a insegurança no suprimento de energia e matérias-primas para esses países pode criar "fricções"
nas relações internacionais.
Depois dos enfrentamentos
entre manifestantes e policiais
no sábado, o encerramento da
reunião ocorreu em um clima
tranqüilo. Os policiais mantiveram um forte esquema de segurança, mas poucas pessoas aderiram aos protestos. Na avaliação de autoridades locais, o número de manifestantes ontem
foi menor que o de cerca de
1.800 pessoas do sábado.
Reformas
Os representantes do G20
também chamaram a atenção
para a necessidade de reiniciar
de forma "rápida" as negociações sobre a liberalização comercial no âmbito da OMC
(Organização Mundial do Comércio), suspensas em julho.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, participou do encontro. Na sexta-feira, a OMC também anunciou que reiniciaria
debates informais sobre as negociações da Rodada Doha.
O comunicado final divulgado pelos representantes dos 20
países mais ricos do mundo
também pede nova etapa de reformas dos organismos financeiros multilaterais, ou seja, o
FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
Eles destacaram a importância
de modernizar e reforçar a vigilância do FMI (Fundo Monetário Internacional).
"O G20 avalia que a eficácia e
a legitimidade do FMI e do
Banco Mundial devem ser reforçadas com uma reforma de
sua gestão e um reexame de sua
política estratégica", diz o comunicado final do encontro,
que terminou ontem.
Realizado na Austrália, o encontro é agora chamado G20
Finanças para diferenciá-lo do
grupo de mesmo nome que
reúne países emergentes, entre
eles o Brasil, e que se formou
para negociar abertura comercial na OMC.
Também participam do G20
Finanças representantes dos
organismos internacionais que
a entidade pretende reformar:
FMI e Banco Mundial.
O grupo, que representa 90%
do PIB e 80% do comércio globais, reúne as nações mais ricas
do mundo e vários países em
desenvolvimento, entre os
quais o Brasil.
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