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TELEFONIA
Brasil Telecom ofereceu US$ 115 mi pelo provedor gratuito de internet
Venda do iG será definida em janeiro
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A Brasil Telecom ofereceu pagar
US$ 115 milhões pelo controle
acionário do provedor de internet
gratuita iG. A Folha apurou que a
proposta foi apresentada aos grupos La Fonte e AG Telecom (Andrade Gutierrez Telecomunicações) no final de novembro.
La Fonte e AG Telecom fazem
parte do bloco de acionistas controladores da empresa de telefonia fixa Telemar, que também
participa do capital do iG, por intermédio de uma holding registrada nas Ilhas Cayman, paraíso
fiscal localizado no Caribe.
A Telemar tem 20% das ações
da iG Cayman, mas, a Brasil Telecom não ofereceu comprar as
ações que estão em poder dela.
O motivo que levou o grupo
Opportunity, administrador da
Brasil Telecom, a não estender a
oferta à Telemar ainda é desconhecido. Toda a negociação vem
sendo feita sob sigilo e nenhuma
das partes envolvidas comenta
publicamente o assunto.
Anteontem, o conselho de administração da Brasil Telecom
autorizou os executivos da empresa a negociarem a compra do
iG até o limite de US$ 160 milhões.
Ou seja, US$ 45 milhões a mais do
proposto no final de novembro.
Executivos ligados a acionistas
da Telemar garantem que eles só
responderão à proposta da Brasil
Telecom em meados de janeiro.
Isso contradiz a versão que circulava anteontem em São Paulo de
que a compra poderia ser definida
entre o Natal e o Ano Novo.
O controle acionário do iG está
concentrado em Cayman. O iG
Cayman tem 99,99998% do capital da empresa no Brasil, e sabe-se
que o Opportunity e o grupo GP
Investimento têm o controle das
ações que dão direito a voto.
A Brasil Telecom e a Telemar
são acionistas do iG por vias distintas. Enquanto a Telemar participa diretamente da empresa de
Cayman, a Brasil Telecom tem
participação indireta, ao lado do
Opportunity, por meio da empresa Nova Tarrafa Participações.
Segundo a Folha apurou, a Telemar foi informada da oferta da
Brasil Telecom e estuda a hipótese
de fazer uma contraproposta. A
tendência na empresa era analisar
o negócio, sem muito apetite. A
orientação era a de não criar uma
"falsa competição" pelo iG.
O Opportunity, que detêm,
atualmente, o controle da Brasil
Telecom, disse ontem que não vai
comentar as negociações envolvendo a compra do iG.
A mesma posição foi adotada
pelos acionistas da Telemar
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