São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Clientes deverão pagar mais por novos serviços

DA REPORTAGEM LOCAL

As operadoras de celular ainda não definiram preços, mas os consumidores pagarão mais na hora de migrar seus planos pós-pagos para a plataforma 3G. Segundo os analistas do setor, só pelos aparelhos os clientes pagarão, em média, 30% a mais que os telefones disponíveis atualmente.
Para aderir aos novos planos, o consumidor terá de trocar o chip do telefone e terá seu número mantido. Caso ele não possa desembolsar um pouco a mais para ter acesso ao 3G, poderá continuar com o GSM.
A ofensiva das companhias para incentivar a migração será agressiva. O foco será a oferta de conexão à internet via celular em velocidades cada vez mais rápidas. "A banda larga será o grande negócio", afirma Roberto Guenzburger, diretor de marketing da Claro.
Esse também será o carro-chefe da Vivo. Segundo o diretor de marketing Roger Solé, haverá uma explosão de clientes navegando pela internet via celular. "As vendas de dispositivos destinados a esse tipo de serviço explodiram", diz Solé.
A aposta dessas operadoras é a de que os clientes passem a usar o celular para conectar seu notebook à internet em qualquer parte do país.
Outros serviços deverão ampliar o leque de produtos. Os contratos com gravadoras, emissoras de televisão e estúdios de cinema deverão garantir maior oferta de faixas de música, vídeo e programas de televisão pelo celular. "A 3G oferece uma experiência de televisão muito mais real", afirma Guenzburger.
Segundo ele, a Claro está testando a videoconferência entre celulares e computadores. "Você poderá telefonar para um computador que tenha webcam." O serviço estará disponível no início do próximo ano.
Para os analistas do setor, em um primeiro momento, as operadoras prestarão serviços similares aos que já vêm oferecendo. "A única diferença será a rapidez da rede", diz Eduardo Tude, presidente do Teleco, um serviço de informação em telecomunicação pela internet.
"A velocidade da rede será o fator decisivo para as operadoras criarem um novo hábito de consumo", diz André Segadilha, analista da Prosper.
Em países como Coréia do Sul e Japão, onde a troca de dados corresponde a 70% do faturamento das operadoras, as pessoas já usam os celulares como minitelevisores.
No Brasil, a televisão digital nos telefones será uma decisão a ser tomada pelos fabricantes de celulares. Ainda não se sabe se esse mercado será atraente para os fabricantes, que terão de desenvolver aparelhos específicos para o Brasil.
Além disso, as operadoras não ganhariam um centavo com as transmissões que seriam feitas diretamente das emissoras para os telefones. Para elas, o interessante é disponibilizar trechos da programação das emissoras para serem baixados pelo celular. Estima-se que cada download custaria cerca de R$ 7. (JW)


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