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Clientes deverão pagar mais por novos serviços
DA REPORTAGEM LOCAL
As operadoras de celular ainda não definiram preços, mas
os consumidores pagarão mais
na hora de migrar seus planos
pós-pagos para a plataforma
3G. Segundo os analistas do setor, só pelos aparelhos os clientes pagarão, em média, 30% a
mais que os telefones disponíveis atualmente.
Para aderir aos novos planos,
o consumidor terá de trocar o
chip do telefone e terá seu número mantido. Caso ele não
possa desembolsar um pouco a
mais para ter acesso ao 3G, poderá continuar com o GSM.
A ofensiva das companhias
para incentivar a migração será
agressiva. O foco será a oferta
de conexão à internet via celular em velocidades cada vez
mais rápidas. "A banda larga será o grande negócio", afirma
Roberto Guenzburger, diretor
de marketing da Claro.
Esse também será o carro-chefe da Vivo. Segundo o diretor de marketing Roger Solé,
haverá uma explosão de clientes navegando pela internet via
celular. "As vendas de dispositivos destinados a esse tipo de
serviço explodiram", diz Solé.
A aposta dessas operadoras é
a de que os clientes passem a
usar o celular para conectar seu
notebook à internet em qualquer parte do país.
Outros serviços deverão ampliar o leque de produtos. Os
contratos com gravadoras,
emissoras de televisão e estúdios de cinema deverão garantir maior oferta de faixas de
música, vídeo e programas de
televisão pelo celular. "A 3G
oferece uma experiência de televisão muito mais real", afirma Guenzburger.
Segundo ele, a Claro está testando a videoconferência entre
celulares e computadores. "Você poderá telefonar para um
computador que tenha webcam." O serviço estará disponível no início do próximo ano.
Para os analistas do setor, em
um primeiro momento, as operadoras prestarão serviços similares aos que já vêm oferecendo. "A única diferença será a
rapidez da rede", diz Eduardo
Tude, presidente do Teleco, um
serviço de informação em telecomunicação pela internet.
"A velocidade da rede será o
fator decisivo para as operadoras criarem um novo hábito de
consumo", diz André Segadilha, analista da Prosper.
Em países como Coréia do
Sul e Japão, onde a troca de dados corresponde a 70% do faturamento das operadoras, as
pessoas já usam os celulares como minitelevisores.
No Brasil, a televisão digital
nos telefones será uma decisão
a ser tomada pelos fabricantes
de celulares. Ainda não se sabe
se esse mercado será atraente
para os fabricantes, que terão
de desenvolver aparelhos específicos para o Brasil.
Além disso, as operadoras
não ganhariam um centavo
com as transmissões que seriam feitas diretamente das
emissoras para os telefones.
Para elas, o interessante é disponibilizar trechos da programação das emissoras para serem baixados pelo celular. Estima-se que cada download custaria cerca de R$ 7.
(JW)
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