São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Confederação de municípios contesta IBGE

SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Para a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os dados divulgados pelo IBGE sobre o PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos municípios não refletem a realidade econômica das cidades.
O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, afirmou que a pesquisa incorpora distorções causadas por grandes empreendimentos -como montadoras, refinarias e hidrelétricas-, cuja riqueza não circula nas cidades que os abrigam.
"O estudo cria a imagem de que as cidades que lideram o ranking são ricas, o que não é verdade. O dinheiro gerado não é do município ou produzido pela população local, mas de uma empresa, uma hidrelétrica. O cálculo não reflete a qualidade de vida nem o poder de compra dos habitantes."
Ziulkoski afirmou que essa metodologia vem causando distorção há mais de 30 anos na distribuição de impostos, sobretudo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
"O ICMS é distribuído aos municípios de acordo com a produção, enquanto deveria ser calculado sobre o tamanho da população, o que seria mais justo", disse.
O dirigente afirmou também que o PIB per capita não é indicador fiel de riqueza, mas "a simples divisão aritmética do valor do PIB pelo total da população residente, independentemente da idade ou do fato de a pessoa trabalhar ou não".


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