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Confederação de municípios contesta IBGE
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Para a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os dados divulgados pelo IBGE sobre o PIB
(Produto Interno Bruto)
per capita dos municípios
não refletem a realidade
econômica das cidades.
O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, afirmou que a pesquisa incorpora distorções causadas
por grandes empreendimentos -como montadoras, refinarias e hidrelétricas-, cuja riqueza não circula nas cidades que os
abrigam.
"O estudo cria a imagem
de que as cidades que lideram o ranking são ricas, o
que não é verdade. O dinheiro gerado não é do
município ou produzido
pela população local, mas
de uma empresa, uma hidrelétrica. O cálculo não
reflete a qualidade de vida
nem o poder de compra
dos habitantes."
Ziulkoski afirmou que
essa metodologia vem
causando distorção há
mais de 30 anos na distribuição de impostos, sobretudo do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
"O ICMS é distribuído
aos municípios de acordo
com a produção, enquanto
deveria ser calculado sobre o tamanho da população, o que seria mais justo", disse.
O dirigente afirmou
também que o PIB per capita não é indicador fiel de
riqueza, mas "a simples divisão aritmética do valor
do PIB pelo total da população residente, independentemente da idade ou
do fato de a pessoa trabalhar ou não".
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