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Foco
Poupadores enfrentam fila para entrar com ação
de revisão da poupança
DO "AGORA"
Os poupadores que deixaram para a última hora para
entrar com ações pedindo a
revisão do expurgo do Plano
Verão (1989) enfrentaram filas durante o dia todo ontem
na capital paulista. O prazo final é dia 30 deste mês.
A partir de hoje o Juizado
Especial Federal da capital
está em recesso, mas haverá
plantão especial nos dias 22,
23, 29 e 30 para atender os
poupadores retardatários. O
atendimento será das 9h às
12h, no Fórum Pedro Lessa
(avenida Paulista, 1.682).
No site www.jfsp.jus.br,
os poupadores encontram a
relação de todas as unidades
da Justiça Federal que estarão de plantão no Estado (Ribeirão Preto, Campinas, Santos, Bauru, Marília, Araçatuba, Sorocaba e outras cidades). Na maioria dos casos, as
unidades nessas cidades receberão ações de moradores de
cidades próximas.
Na Justiça estadual, que recebe as ações contra os demais bancos, também houve
filas. No Juizado Especial Cível central (rua Vergueiro, região central), o movimento
dobrou. Foram 498 pedidos
em apenas seis horas.
Somente quem tinha dinheiro aplicado em caderneta
na primeira quinzena de janeiro de 1989 pode reivindicar o pagamento da diferença
de 16,64% entre os índices de
correção usados durante a
implantação do Plano Verão.
Até o final de 1988, a poupança era corrigida pela variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ou pelo rendimento da LBC (Letra do
BC), o que fosse maior. Em 15
de janeiro de 1989, com o Plano Verão (governo Sarney),
passou-se a adotar como parâmetro a rentabilidade da
LFT (Letra Financeira do Tesouro). A diferença entre os
índices (deveria ser de
42,72%, mas os bancos creditaram apenas 22,36%) provocou o expurgo de 16,64%.
Ações contra a Caixa
O Juizado Especial Federal
recebe ações contra a Caixa
Econômica Federal. Segundo
o juizado, nos fóruns federais
o poupador conseguirá apenas fazer o protocolo do pedido para não perder o prazo de
prescrição (dia 30). Nessas
ações, o poupador terá de levar, já prontos, os cálculos de
quanto terá para receber.
Após o recesso (a Justiça
volta ao expediente normal
em 7 de janeiro), quem entrou
com ação sem advogado (pedido de até R$ 24,9 mil) receberá uma carta informando se
faltam documentos. Já nas
ações com advogado (pedidos
acima de R$ 24,9 mil), o profissional terá as informações.
Filas também no Rio
O encerramento do prazo
para entrar com ações contra
o Plano Verão também gerou
corrida na Justiça do Rio de
Janeiro. Na véspera do recesso do Judiciário, advogados e
supostos prejudicados lotaram varas cíveis e juizados especiais da cidade.
Por volta de 15h40, uma fila
de pelo menos 200 pessoas
aguardava atendimento no
setor de distribuição geral no
Fórum da Justiça estadual, no
centro do Rio. Entre elas, advogados com duas ou mais
ações contra os bancos privados que se beneficiaram do
plano econômico.
Ao fim do dia, mais de 5.000
novos processos foram distribuídos (contra a média de 800
por dia). Na quinta-feira,
2.800 processos novos foram
protocolados.
O panorama era o mesmo
da Justiça Federal, onde são
protocoladas as ações contra
a Caixa Econômica Federal.
Na sede do Juizado Especial
Federal, no centro, um esquema de mutirão foi montado
para atender à demanda praticamente dobrada.
Colaboraram a Reportagem Local
e a Sucursal do Rio
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