São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

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VAREJO

Taxa é a mais alta em 5 anos

Consumidor está mais otimista, diz pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

Em cinco anos, o consumidor nunca esteve tão otimista quanto hoje. Isso, entretanto, não significa que o comércio possa comemorar no curto prazo.
O Índice de Intenções do Consumidor (IIC) -indicador pesquisado pela Fecomercio SP que mede a disposição de consumo- alcançou 127,29 pontos em janeiro, alta de 7,04% ante dezembro.
É o maior número desde que o indicador -um dos itens usados como referência pelo Copom - começou a ser pesquisado, em 1999. No entanto, apenas 28% dos entrevistados -900 pessoas na região metropolitana de São Paulo- pretendem ir às compras nos próximos dois meses.
Aparentemente contraditórias, as informações fazem sentido quando se sabe que o IIC, de acordo com a entidade, foi influenciado principalmente pela alta nas intenções futuras de consumo (para os próximos 12 meses), que têm um peso maior na formação do indicador.
Ou seja, o consumidor está confiante na retomada da economia brasileira ao longo deste ano, mas ainda não sentiu no bolso o efeito dessas perspectivas melhores.
O chamado IIF (Índice de Intenção Futura) apurado neste mês foi de 145,13 pontos, um aumento de 5,36% em relação a dezembro. O índice que mede a intenção de consumo atual -que também teve alta, de 10,87%- está em um patamar bem mais baixo, de 100,54 pontos.
"De meados de dezembro para cá, as notícias sobre perspectivas para a economia brasileira têm sido positivas, com a queda do risco-país, recorde de volume movimentado pela Bolsa etc.", afirmou Fábio Pina, economista da Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). "O consumidor está influenciado por essas notícias, talvez esse otimismo seja um pouco exagerado."
A maior parte dos que pretendem realizar compras nos próximos dois meses declarou que vai adquirir um DVD ou um videocassete. (MAELI PRADO)


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