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País não pode conviver com juro alto, diz Dirceu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro-chefe da Casa Civil,
José Dirceu, disse ontem que o
país não pode conviver com os
atuais juros, elevados anteontem
para 26,5% pelo BC -medida
que, segundo ele, tem caráter
"transitório".
"O Brasil não pode conviver
com essa taxa de juros. Eu acredito que o Banco Central, ao tomar
as medidas, está olhando o cenário internacional e a pressão inflacionária que existem hoje. Eu tenho certeza de que o Brasil vai reduzir os juros no futuro", declarou Dirceu, ao chegar para um café da manhã com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Alvorada.
"Uma combinação de juros altos e aumento de tarifas evidentemente é insuportável para o país",
afirmou o ministro, numa referência às altas de preços controlados pelo governo e que têm pressionado para cima os indicadores
de inflação.
Dirceu pediu que o país examine "em perspectiva" a decisão do
Comitê de Política Monetária do
BC, referindo-se à possibilidade
de os juros baixarem de forma
sustentada após a aprovação das
reformas tributária e previdenciária pelo Congresso.
"Nós temos uma expectativa.
Trabalhamos com as reformas
tributária e previdenciária e com
as medidas que estamos tomando
para que o país retome o crescimento econômico. Esse é um momento transitório, em que o país
precisa impedir a retomada da inflação e se preparar para uma situação internacional mais grave",
afirmou o ministro.
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