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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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País não pode conviver com juro alto, diz Dirceu

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que o país não pode conviver com os atuais juros, elevados anteontem para 26,5% pelo BC -medida que, segundo ele, tem caráter "transitório".
"O Brasil não pode conviver com essa taxa de juros. Eu acredito que o Banco Central, ao tomar as medidas, está olhando o cenário internacional e a pressão inflacionária que existem hoje. Eu tenho certeza de que o Brasil vai reduzir os juros no futuro", declarou Dirceu, ao chegar para um café da manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Alvorada.
"Uma combinação de juros altos e aumento de tarifas evidentemente é insuportável para o país", afirmou o ministro, numa referência às altas de preços controlados pelo governo e que têm pressionado para cima os indicadores de inflação.
Dirceu pediu que o país examine "em perspectiva" a decisão do Comitê de Política Monetária do BC, referindo-se à possibilidade de os juros baixarem de forma sustentada após a aprovação das reformas tributária e previdenciária pelo Congresso.
"Nós temos uma expectativa. Trabalhamos com as reformas tributária e previdenciária e com as medidas que estamos tomando para que o país retome o crescimento econômico. Esse é um momento transitório, em que o país precisa impedir a retomada da inflação e se preparar para uma situação internacional mais grave", afirmou o ministro.


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