DA REPORTAGEM LOCAL

Vai bem além das operações financeiras (de empréstimos e financiamentos a serviços -como a emissão de talão de cheques) o interesse dos lucrativos bancos privados no país. Os negócios das instituições financeiras já esbarrou no comércio varejista e, nos últimos tempos, nas companhias de cartão de crédito -dois mercados que devem crescer em 2006 com a expansão do mercado interno.
Itaú, Bradesco e Unibanco já foram à caça das empresas varejistas para "comprar" o seu negócio de financiamento ao consumidor. Foi uma operação rápida: em dois anos, pouco resta. O Itaú opera desde 2005 a carteira de clientes do Pão de Açúcar. Há dois anos, o Unibanco se uniu à rede Magazine Luiza e o Bradesco fez o mesmo com a Casas Bahia. A Lojas Americanas também fechou acordo com o Itaú.
Entre as operadoras de cartão de crédito, Amex e Credicard já cederam ao poder dos grandes bancos, mas está claro que o assédio não vai parar por aí. "Temos pensado em algumas coisas ainda", responde Marcio Cipriano.
Ao abocanhar esses mercados, os bancos conseguem entrar num segmento antes inacessível. Vender cartão para a classe A pode ser tarefa difícil se não é possível comprar a base instalada de alguma empresa que já está no mercado. Quanto às lojas, adquirir a operação de financiamento das redes foi a estratégia usada para conseguir entrar na casa dos clientes de baixa renda, que não vão ao banco. (AM)


Texto Anterior: Crédito: Por R$ 1 bi, Bradesco compra American Express no Brasil
Próximo Texto: Comércio: Importações crescem mais que exportações
Índice