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Grande varejista pressiona por desconto
DA REPORTAGEM LOCAL
A disputa das grandes redes de
varejo por preços cada vez mais
menores das indústrias se acirrou
nos últimos dez anos, segundo o
economista Cláudio Felisoni,
coordenador-geral do Provar
(Programa de Administração de
Varejo) da USP.
Isso porque as oito maiores redes de supermercados passaram a
deter 60% dos negócios do setor
do país, contra os 48% que detinham antes.
Esse poder de fogo permitiu às
redes varejistas pressionar mais
as indústrias por descontos. "Começou então uma briga de gigantes para ver quem conseguia aumentar mais sua margem de lucro", diz Felisoni.
Os portais conjuntos de negócios são justamente uma das alternativas que as indústrias e os
varejistas descobriram para buscar essa diminuição nos gastos.
Felisoni acredita, no entanto,
que empresas como a Transora e
WWRE estão mais preocupadas
em reduzir despesas de logísticas
do que frear ou estimular descontos nos preços de mercadorias. "O
mercado é quem dita o preço de
um produto. Acordos entre fornecedores para criar preços mínimos não funcionam", afirma o
economista.
Pequeno varejistas
Se há dúvidas sobre os motivos
da criação de portais comunitários de concorrentes da indústria
ou varejo, o certo é que os prejudicados com esses projetos são os
pequenos comerciantes.
Eles não têm fôlego para pressionar fornecedores e podem perdem competitividade com a chegada dos novos tempos do comércio eletrônico.
Alguns empresários, como Edmundo Berensztajn, da Federed,
decidiram investir em negócios
para esse segmento. "Queremos
representar 110 indústrias que trabalhem com supermercados com
até nove caixas", afirma Berensztajn. O portal de indústrias, a ser
batizado de Rede de Consumo,
exigirá investimentos de R$ 14
milhões. Deve começar a operar
em setembro.
(LV)
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