São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Desastre ainda maior A safra brasileira de soja deverá ficar em apenas 49,26 milhões de toneladas neste ano. Esse dado, se concretizado, mostrará uma queda de 17,2% em relação às previsões iniciais de 59,53 milhões. É o que mostra o mais recente levantamento da AgRural, de Curitiba. Problema nos grandes Três dos maiores produtores nacionais terão quebra grande de safra: Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os gaúchos são os mais prejudicados, e terão uma safra de apenas 6 milhões de toneladas, com quebra de 42% em relação às estimativas iniciais. Clima seco No Paraná, o clima seco durante o desenvolvimento da lavoura vai derrubar a safra para 10,14 milhões de toneladas, 14,5% abaixo das estimativas iniciais para o ano. Já em Mato Grosso do Sul, as estimativas da AgRural são de uma safra de 3,93 milhões de toneladas, contra previsões iniciais de 5,13 milhões. Quebra no líder Mato Grosso, líder nacional de produção, também terá quebra de safra. Prevista inicialmente em 15,65 milhões de toneladas, a safra mato-grossense cai para 13,7 milhões. Já a Bahia lidera o crescimento, com aumento de 27,1% neste ano. A safra será de 1,95 milhão de toneladas. Evolução da safra A colheita de soja já atingiu 80%. No Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul está praticamente terminada. Com base nesses dados, a AgRural estima uma produtividade média nacional de 2.353 quilos por hectare, 39,2% a menos do que estimativas iniciais. Preços bons As exportações brasileiras de carne bovina somaram 384 mil toneladas nos três primeiros meses deste ano, 17,3% a mais do que no mesmo período anterior. Já as receitas subiram 51,3%, para US$ 483 milhões no período, segundo divulgou ontem a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras). Egito líder O Egito liderou as importações de carne "in natura" no trimestre. Os egípcios deixaram US$ 56 milhões nos três primeiros meses deste ano no Brasil, 130% a mais do que em idêntico período de 2003. No setor de carnes industrializadas, os EUA se mantêm na liderança (US$ 42 milhões). Avanço argentino A Argentina deverá exportar o correspondente a US$ 16,5 bilhões no setor de agronegócio neste ano. Esse volume supera os US$ 15,6 bilhões do ano passado, mas o governo já tem em vista receitas de US$ 20 bilhões nos próximos anos. Participação interna Os produtores nacionais receberam 94% do valor do café exportado em março, segundo o Cecafé. O preço FOB do café arábica brasileiro subiu 6,5% no mês passado, enquanto os internos tiveram recuperação de 2,2%. Nova unidade Apostando no setor de suínos, a Seara inaugura nova unidade em Santa Catarina. Os investimentos somaram US$ 2 milhões, e a unidade terá capacidade anual de produção de 8.000 toneladas. E-mail: mzafalon@ folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa cai depois de fala de Greenspan Próximo Texto: Telefonia: Dona da Embratel sai da concordata nos EUA Índice |
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