Para alguns destinos, como Disney e Europa, já há lista de espera de reservas

Procura maior para a época de férias, crescimento do mercado e antecipação de reservas causaram lotação mais cedo neste ano

FABÍOLA SALANI
DA REDAÇÃO

Se você quer viajar em julho, é bom se apressar: a conjunção de aumento de procura normal na época de férias, antecipação da compra de pacotes -fenômeno crescente no país-, Copa na Europa e aquecimento do mercado turístico esgotou pacotes para alguns destinos em determinadas datas.
"A Europa é um destino para o qual temos tido dificuldade de reserva devido ao fato de os europeus estarem vindo em maior número ao Brasil, ocupando os assentos nos vôos", disse Plinio Nascimento, da Nascimento Turismo e diretor da Braztoa (associação que reúne as operadoras).
A Agaxtur, por sua vez, informa que os pacotes para Bariloche e Europa estão se esgotando "rapidamente".
Há muitas reservas que não estão confirmadas e o turista pode entrar em lista de espera. E ainda há datas disponíveis. Mas os lugares mais procurados acabam mais cedo.
E quais são eles? "Fortaleza é o nosso grande destino nacional, e serra gaúcha é coqueluche", afirmou Guilherme Paulus, presidente da CVC. "Para Bariloche, já estamos com 50% da oferta reservada; no ano passado, nessa época era 30%", disse. Em julho, a operadora terá 16 vôos fretados semanais para Bariloche.
Fortaleza e serras gaúchas também são os eleitos dos clientes da PNX Travel, que informa que, dependendo da demanda, pode abrir vôos extras.
Além desses destinos, as operadoras que trabalham com pacotes para os parques da Disney comemoram o renascimento desse destino. "Era um destino que tinha caído, cresceu bastante no ano passado", afirmou Plinio Nascimento. Na Agaxtur, já há até listas de espera em várias datas de partida para a Disney, para onde a procura cresceu 15% neste ano.
O dólar barato explica boa parte desse movimento. Uma razão é o turista que quer aproveitar a cotação e conhecer o exterior. Outra é que ele quer garantir o pagamento do pacote com os valores atuais, sob o temor de que haja repique no câmbio. Mais: a queda do dólar impacta nos preços das viagens internas. "Estamos vendendo pacotes nacionais de 5% a 10% mais baratos do que no ano passado", disse Paulus, da CVC.
Essa grande procura resulta num aumento dos negócios para o mercado como um todo. A CVC prevê crescimento de 20% nos negócios para julho. A Braztoa, de 20% a 30%.


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