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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Banco Central deve acelerar ritmo da alta de juros, diz LCA
O Banco Central deve acelerar o ritmo de elevação da taxa
básica de juros a partir da próxima reunião do Copom, em 3 e
4 de junho. O ciclo de aperto
monetário deve durar até o fim
do terceiro trimestre, segundo
estimativa da consultoria LCA.
Em relação à meta de inflação, a consultoria prevê que o
BC pode usar uma parte pequena da margem de tolerância da
meta para acomodar as pressões inflacionárias. A estimativa da LCA é a de que o IPCA feche o ano em 5,5% -a previsão
anterior era de 4,7%.
Para a consultoria, a inflação
deve se mostrar mais persistente do que se esperava, mesmo com a descompressão do
preço de algumas commodities, em razão da pressão dos
custos imposta pela alta do petróleo e do aço.
A Selic esperada para o final
do ano também foi revista e
passou de 13% para 13,75% ao
ano, e a projeção para o crescimento do PIB, que era de 4%,
agora é de 3,7%.
A consultoria avalia que o repasse das pressões de custos e a
reação da política monetária
devem ser, no entanto, menos
agressivos do que os do ciclo de
aumento de juros de 2004.
A LCA diz que, há quatro
anos, a ociosidade dos recursos
produtivos se estreitava rapidamente e o investimento tinha aceleração incipiente.
Neste ano, a consultoria afirma que a utilização da capacidade instalada está em descompressão, ainda que gradativa, e
que o investimento tem o quinto ano seguido de crescimento.
A LCA também lembra que,
no atual cenário econômico, a
penetração dos produtos importados é maior do que em
2004 e, portanto, a concorrência com os produtos brasileiros
é um fator moderador para o
aumento de preços.
Outra diferença apontada
pela consultoria é que, há quatro anos, o BC queria reduzir a
inflação de 9,3% ao ano para
5,5% e, agora, o órgão persegue
a meta de 4,5%. A agressividade
da política monetária, portanto, pode ser menor.
CONDUÇÃO
Apesar do aumento da frota de automóveis nas ruas, o
transporte coletivo não recuou. De acordo com a Abravale
(associação que reúne empresas distribuidoras de vale-transporte), o uso do transporte coletivo para o deslocamento ao trabalho aumentou. O faturamento do setor cresceu
20% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de
2007, segundo André Martins, presidente da Abravale. A expectativa de faturamento para este ano é de R$ 9,6 bilhões
-em 2007, o número foi de R$ 8 bilhões. A justificativa, segundo Martins, está no aumento do número de carteiras assinadas na faixa de até três salários mínimos. "São sintomas
do crescimento do emprego formal na baixa renda", diz.
CADEIRA
Roberto Giannetti da
Fonseca é o nome mais
cotado para assumir a presidência da Abiec (Associação
Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne)
no lugar de Pratini de Moraes.
CÂMBIO
Guido Mantega se reúne
na segunda-feira à tarde na
Fiesp a convite de Paulo
Skaf. Na pauta, fundo soberano, câmbio e inflação.
DE COBRE
Os prejuízos da indústria
do cobre com roubos têm
mantido altos índices. De janeiro a abril, o desvio ultrapassou 300 toneladas, totalizando mais de R$ 5,4 milhões em carga roubada. Foram registradas mais de 30
ocorrências, segundo levantamento do Sindicel (entidade que reúne os fabricantes
de fios e cabos).
MAQUINÁRIO
As importações e exportações entre brasileiros e árabes subiram 40,5% nos primeiros quatro meses do ano
ante igual período de 2007 e
atingiram US$ 5,3 bilhões.
As exportações para a região
cresceram 16,5%, e as importações, 68,9%. Entre os
exportados, maquinários,
café e óleo de soja foram os
que tiveram mais destaque.
INVESTIMENTO
O governador do Espírito
Santo, Paulo Hartung, reuniu-se ontem, na China, com
a diretoria da Baosteel,
maior siderúrgica chinesa,
para acertar os últimos detalhes para a construção da
Companhia Siderúrgica Vitória, um investimento de
US$ 3 bilhões em parceria
com a Vale no município de
Anchieta. Também se discute a construção de um porto
com capacidade para 5 milhões de toneladas por ano
de aço. No porto, devem ser
investidos mais US$ 500 milhões.
SEMENTE
A CPFL vai plantar, até o
final do ano, cerca de 10 mil
mudas de árvores para compensar a emissão de dióxido
de carbono medido no ano
passado na sede, em Campinas, e em duas unidades.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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