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MERCADO FINANCEIRO
Tesouro pode voltar a oferecer papéis pré com vencimento em um ano a partir da próxima terça
Cresce interesse por títulos do governo
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior calma no cenário externo aumentou o interesse do
mercado por títulos emitidos pelo governo brasileiro.
Em leilão realizado ontem, o
Tesouro Nacional pagou juros
máximos de 18,71% ao ano por
R$ 1,5 bilhão em LTNs (papéis
prefixados) com vencimento em
sete meses.
Na semana passada, o mercado
exigiu uma taxa anual de 19,38%
para comprar títulos com as mesmas características.
Segundo Marcelo Saddi, diretor
de renda fixa do BNP Asset Management, a queda nos juros foi
consequência da recuperação do
mercado norte-americano, com
as Bolsas voltando a subir depois
de sinais de desaquecimento da
economia dos EUA.
Além disso, o equilibrado fluxo
de dólares para o Brasil -que
tem mantido a cotação da moeda
estável- colaborou para a melhora no humor dos investidores.
A grande dúvida agora é se o
Tesouro vai voltar a oferecer
LTNs com vencimento em um
ano, o que não acontece desde o
dia 2 de maio. A interrupção
ocorreu por causa das altas taxas
de juros exigidas pelos investidores na compra desses papéis.
Saddi diz que, provavelmente,
o Tesouro vai esperar o resultado
das reuniões da Opep e do Fomc
-o comitê de mercado aberto
do Fed- para decidir se volta a
ofertar as LTNs de um ano.
O secretário-adjunto do Tesouro, Rubens Sardenberg, não descarta a possibilidade de voltar a
colocar esses títulos no mercado
já a partir da próxima terça-feira.
Uma prova do aumento da
confiança dos investidores é o
comportamento dos títulos do
governo no mercado secundário.
No leilão realizado em 2 de maio,
o Tesouro pagou juros anuais de
20,31% pelas LTNs ofertadas.
Ontem, esses mesmos papéis
eram negociados a uma taxa de
19,40%.
Outro sinal desse aumento da
confiança é o sucesso da emissão
de eurobônus realizada pelo governo brasileiro ontem.
O conjunto desses fatores também provocou um grande recuo
nos juros futuros projetados pelos contratos negociados na
BM&F. O DI de dezembro (taxa
de novembro), o mais negociado
da Bolsa, caiu de 19,47% para
19,04%.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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