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COMÉRCIO
Encontro ocorre no Egito
Reunião da OMC tenta desbloquear agenda
DA REDAÇÃO
Os ministros de 30 países-membros da OMC (Organização
Mundial do Comércio) vão se encontrar no Egito, neste final de semana, para tentar desfazer alguns
dos nós que travam os avanços
nas negociações da Rodada Doha
de liberação do comércio global.
Os dois principais temas serão a
agroindústria e a liberalização de
patentes de medicamentos.
O Brasil será representado pelos
ministros Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Celso
Amorim (Relações Exteriores).
Estarão lá o representante comercial dos Estados Unidos, Robert
Zoellick, e o comissário de Comércio da União Européia, Pascal
Lamy.
As conversas informais ocorrerão hoje e amanhã, na cidade de
Sharm el-Sheik, balneário às margens do mar Vermelho. A principal questão será buscar um acordo para a redução dos subsídios
agrícolas.
Ontem, o representante comercial-adjunto dos EUA, Peter Allgeier, afirmou que só haverá
avanços na liberalização do comércio caso a União Européia reveja seu pesado programa de subsídios aos produtores rurais.
"A chave para que haja progressos significativos é a agricultura, e
que tem a chave é a União Européia", afirmou Allgeier, em entrevista em Genebra.
Os EUA já acenaram que aceitam reduzir seus subsídios. Mas
os europeus e os japoneses, cujas
agriculturas são as mais subsidiadas do planeta, relutam em rever
suas políticas de proteção aos
produtores rurais.
A nova rodada de discussões sobre redução de tarifas e liberalização comercial foi lançada ao final
de 2001, em Doha (Qatar), durante a reunião da OMC. A meta era
chegar a um acordo até o final de
2004, mas os negociadores dos
países-membros da organização
têm estourado prazo após prazo.
A reunião deste final de semana
foi convocada para reduzir os impasses que dividem, de um lado,
países ricos e industrializados, e,
de outro, pobres e/ou produtores
agrícolas (como Austrália). Sem
um consenso mínimo, a agenda
de Doha dificilmente será cumprida, avaliam os negociadores.
Os ministros tentarão afinar o
discurso para que não resulte em
fracasso a grande reunião ministerial de setembro, em Cancún
(México), em que estarão presentes todos os membros da OMC.
Com agências internacionais
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