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Planos de previdência da Varig não terão liquidação suspensa
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da aprovação da venda da Varig pela Justiça do Rio
de Janeiro, o Ministério da Previdência avalia que não há mudança de rumo suficiente para
suspender a liquidação dos dois
planos de previdência complementares dos funcionários da
aérea, que são administrados
pelo fundo de pensão Aerus.
"São duas situações diferentes: a Varig é a Varig. O Aerus é
o Aerus. É lógico que há uma
relação, mas a nossa análise depende das condições do próprio Aerus. A legislação permite a reversão da liquidação, mas
é uma análise que tem de ser
feita caso a caso. Por ora está
mantida [a liquidação]. Não há
nada por enquanto que indique
mudança de rumo", afirmou o
recém-empossado secretário
de Previdência Complementar,
Leonardo Paixão.
Paixão -que já integrou a
equipe da SPC (Secretaria de
Previdência Complementar)-
assumiu ontem o cargo até então ocupado por Adacir Reis.
O Aerus, fundo responsável
pela gestão dos planos de previdência da Varig e de outras empresas aéreas, como a Transbrasil, está sob intervenção da
SPC desde abril. A Varig deve
ao fundo R$ 2,3 bilhões, principal motivo para o desequilíbrio
financeiro da entidade.
Nova tentativa
Paixão afirmou ontem que a
SPC tentará novamente criar a
Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar). No ano passado, uma
medida provisória foi editada
para instituir o órgão. O Senado, no entanto, não aprovou a
tempo a MP. O governo trabalha na elaboração de um projeto de lei para encaminhar ao
Congresso ainda neste ano.
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