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INSS
CUT e Força querem redução da carga tributária e apóiam recuo sobre contribuição
Centrais pedem "coragem" ao governo
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical defendem que o desconto da contribuição previdenciária patronal seja
feito sobre o faturamento das empresas.
As duas centrais sindicais
-que juntas informam representar 40 milhões de trabalhadores
no país - acreditam que o governo precisa ter "coragem" para diminuir juros, implementar medidas que resultem na redução da
carga tributária e criar empregos,
com a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário.
Na semana passada, o governo
elevou a alíquota da contribuição
previdenciária das empresas de
20% para 20,6% para viabilizar o
pagamento da correção dos benefícios dos aposentados e pensionistas do INSS. Mas recuou ontem e disse que a fonte para custear o pagamento da correção virá
de uma redução do pacote tributário que está sendo preparado
para compensar as empresas pelo
aumento da alíquota da Cofins.
A CUT defende uma negociação entre trabalhadores, empresários e governo baseada na redução da carga tributária com a contrapartida de investimentos na
produção. "Tem de haver um mecanismo de compensação que
permita que, a cada redução dos
tributos e da taxa de juros, as empresas invistam na produção. O
governo tem também de retomar
a redução dos juros", diz Luiz Marinho, presidente da CUT.
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical),
se o governo mantivesse o aumento da contribuição sobre a folha de pagamento, iria incentivar
as empresas a contratar sem registro e elevar a informalidade no
país. "Aumentar imposto quando
o próprio governo lançou a campanha da carteira de trabalho assinada é incentivar a informalidade. O governo deveria ter coragem de enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para desonerar a folha de pagamento em
vez de assinar uma medida provisória para aumentar a carga tributária", diz Eleno Bezerra, presidente do sindicato.
Representantes de seis centrais
sindicais entregam hoje ao ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, abaixo-assinado para pedir redução da jornada de trabalho sem
corte nos salários. Estudo do
Dieese mostram que a redução da
jornada poderia criar 2,8 milhões
de novas vagas. Mais de 100 mil
assinaturas foram coletadas em
todo o país a favor da redução da
jornada.
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