São Paulo, quarta-feira, 21 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Investidores vêem no discurso do presidente do Fed sinal de queda gradual do juro dos EUA; Bovespa sobe 1,2%

Depoimento de Greenspan anima Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a encontrar o caminho dos ganhos. Depois da realização de lucros da segunda-feira, os investidores retornaram às compras ontem.
O desempenho do mercado internacional balizou os negócios no Brasil. O mercado parou para ver o depoimento do presidente do Fed (banco central dos EUA), Alan Greenspan, ao Senado em Washington.
Investidores receberam com tranqüilidade a fala de Greenspan, que deixou a impressão no mercado de que o ritmo gradual de aumento dos juros deve ser mantido pelo banco central norte-americano.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones (índice da Bolsa de Nova York) subiu 0,54%. A Bolsa eletrônica Nasdaq fechou com valorização de 1,76%.
No mercado local, a Bovespa registrou alta de 1,17% no pregão de ontem e elevou o ganho acumulado no mês para 5,7%.
O dólar, após cair abaixo dos R$ 3,00 na segunda, patamar que não atingia desde maio, subiu um pouco. A moeda fechou com alta de 0,37%, aos R$ 3,006.
As ações das empresas de energia elétrica -destaque do mês- estiveram entre as maiores altas de ontem. Os papéis da Eletrobrás foram os que mais subiram no pregão, 7,3% (ON, com direito a voto) e 4,5% (PNB).
No setor, também se destacou no pregão a ação preferencial da Cesp, que encerrou o dia com valorização de 3,4%.

Juros
Apesar de o mercado já estar preparado para a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 16% ao ano, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que termina hoje concentrará a atenção dos investidores e analistas financeiros.
Segundo análise feita por economistas do banco Máxima, "o excesso de incertezas, tanto na economia interna quanto na mundial, leva a crer que o momento não é propício para a alteração dos juros por parte do BC. Ou seja, a Selic deve ser mantida nos atuais 16% ao ano".
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos futuros de juros fecharam praticamente estáveis. Mesmo assim, o número de contratos DI negociados foi 207% superior ao montante do dia anterior.
(FABRICIO VIEIRA)


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