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MERCADO FINANCEIRO
Investidores vêem no discurso do presidente do Fed sinal de queda gradual do juro dos EUA; Bovespa sobe 1,2%
Depoimento de Greenspan anima Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
voltou a encontrar o caminho dos
ganhos. Depois da realização de
lucros da segunda-feira, os investidores retornaram às compras
ontem.
O desempenho do mercado internacional balizou os negócios
no Brasil. O mercado parou para
ver o depoimento do presidente
do Fed (banco central dos EUA),
Alan Greenspan, ao Senado em
Washington.
Investidores receberam com
tranqüilidade a fala de Greenspan, que deixou a impressão no
mercado de que o ritmo gradual
de aumento dos juros deve ser
mantido pelo banco central norte-americano.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones (índice da Bolsa de Nova
York) subiu 0,54%. A Bolsa eletrônica Nasdaq fechou com valorização de 1,76%.
No mercado local, a Bovespa registrou alta de 1,17% no pregão de
ontem e elevou o ganho acumulado no mês para 5,7%.
O dólar, após cair abaixo dos R$
3,00 na segunda, patamar que não
atingia desde maio, subiu um
pouco. A moeda fechou com alta
de 0,37%, aos R$ 3,006.
As ações das empresas de energia elétrica -destaque do mês-
estiveram entre as maiores altas
de ontem. Os papéis da Eletrobrás
foram os que mais subiram no
pregão, 7,3% (ON, com direito a
voto) e 4,5% (PNB).
No setor, também se destacou
no pregão a ação preferencial da
Cesp, que encerrou o dia com valorização de 3,4%.
Juros
Apesar de o mercado já estar
preparado para a manutenção da
taxa básica de juros (Selic) em
16% ao ano, a reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária)
que termina hoje concentrará a
atenção dos investidores e analistas financeiros.
Segundo análise feita por economistas do banco Máxima, "o
excesso de incertezas, tanto na
economia interna quanto na
mundial, leva a crer que o momento não é propício para a alteração dos juros por parte do BC.
Ou seja, a Selic deve ser mantida
nos atuais 16% ao ano".
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos futuros de juros fecharam
praticamente estáveis. Mesmo assim, o número de contratos DI
negociados foi 207% superior ao
montante do dia anterior.
(FABRICIO VIEIRA)
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