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Reconquistar credibilidade é desafio para companhia, segundo consultores
DA REPORTAGEM LOCAL
Após semanas de vôos cancelados e cenas de passageiros
"presos" em aeroportos sem
conseguir embarcar, um dos
principais desafios da Varig daqui para a frente é recuperar a
credibilidade com o consumidor, segundo consultores especializados em aviação.
Para o passageiro voltar a
acreditar na companhia, ela
tem que voltar a cumprir horários e seguir o itinerário previsto. "A Varig tem que sair na hora marcada e dar um "upgrade"
no serviço para melhorar sua
credibilidade com o passageiro", afirma Paulo Bittencourt
Sampaio, consultor de aviação.
Para garantir a qualidade do
serviço e aumentar a oferta de
freqüências e destinos para o
passageiro, a companhia aérea
precisa em primeiro lugar colocar mais aviões em operação. A
previsão inicial da VarigLog é
voar com 13 aeronaves.
Segundo Sampaio, com essa
quantidade de aviões a companhia não conseguirá suprir
nem os vôos para os destinos
que suspendeu recentemente e
que estão sendo cobertos pelo
plano emergencial aprovado
pela Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) no mês passado.
"Só Frankfurt absorve quatro aviões", afirma Sampaio. A
frota da companhia é formada
hoje por três MD-11, três
Boeings-767 e Boeings-737.
Negociar com as empresas de
leasing a manutenção dos
aviões na frota da Varig é questão importante, já que a companhia perderá, em 30 dias a partir da homologação de sua venda, os "slots" (espaços e horários para pousos e decolagens)
que ela não voltar a operar.
Segundo o especialista, não é
surpreendente que a Varig tenha sido vendida por apenas
US$ 24 milhões, devido ao considerável risco de que o comprador herde as dívidas trabalhistas da companhia.
De acordo com um analista
especializado que preferiu não
se identificar, a avaliação é que
a intenção dos compradores da
Varig, principalmente do fundo
de investimentos de "private
equity" Matlin Patterson, é sanear a companhia aérea para
vendê-la futuramente por um
preço muito maior.
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