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DESMATAMENTO ILEGAL
Justiça impõe exigências para fazenda voltar a vender carne
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Decisões da Justiça Federal em Marabá (PA) condicionaram o desembargo de
cinco fazendas autuadas por
desmatamento ilegal à sua
regularização ambiental e
fundiária.
São quatro propriedades
da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara -que se define como o "maior projeto de
boi em pé do mundo" e é ligada ao grupo Opportunity, do
banqueiro Daniel Dantas- e
uma da Agropastoril do Araguaia. Todas ficam no sudeste do Pará. Elas são parte das
21 fazendas citadas em um
pacote de ações do Ministério Público Federal, que pediram o ressarcimento total
de R$ 2,1 bilhões a pecuaristas e a frigoríficos suspeitos
de comercializar gado criado
em áreas destruídas ilegalmente na Amazônia.
Seguindo recomendação
do MPF, indústrias e os
maiores varejistas do país
pararam temporariamente
de comprar carne paraense e
seus subprodutos.
Na prática, as decisões do
juiz Carlos Haddad, dos dias
9 e 16 deste mês, não suspendem as ações do MPF, mas
permitem que as empresas
voltem a vender animais.
Entre as exigências à Santa
Bárbara, estão a de conseguir
as licenças ambientais das
propriedades em dois anos e
a de regularizar a situação
fundiária delas em três anos.
As feitas à Agropastoril do
Araguaia são idênticas, mas
com cinco anos para a regularização fundiária. Se essas
condições não forem atendidas, a venda dos bois das fazendas volta a ficar proibida.
Procurada por meio de sua
assessoria, a Santa Bárbara
não se pronunciou. A reportagem não conseguiu localizar nenhum representante
da Agropastoril do Araguaia.
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