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Para empresas, novas linhas não são suficientes, mas "ajudam muito"
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor exportador considera
um ""alívio" a formalização de recursos do Banco Central e BNDES
para financiamento às exportações, mas estima que os valores
possam não ser suficientes.
"Não diria que resolve, mas ajuda muito", disse José Augusto de
Castro, da AEB (Associação dos
Exportadores do Brasil).
O analista da AEB disse que o
dinheiro anunciado anteontem
pelo governo vai suprir momentaneamente as linhas tradicionais,
mas que continua sendo essencial
o retorno das linhas oferecidas
pelos bancos comerciais.
O presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior), Roberto Segatto, avaliou
que os cerca de US$ 7 bilhões colocados à disposição (dos quais
US$ 4,6 bilhões anunciados nos
últimos dez dias) para financiar as
exportações permanecem insuficientes. ""Se a meta de exportações
do ano soma US$ 60 bilhões, pouco mais de 11% é pouco para irrigar o mercado", diz Segatto. O
contraponto é que, no ano passado, os recursos oficiais haviam sido menores. ""Mas o restante era
oferecido pelos bancos privados.
A diferença é que essas linhas estão cortadas."
Segundo a Abracex, a oferta de
crédito passou de nível acima de
US$ 13 bilhões para US$ 5 bilhões
nos últimos dois meses. Os valores estão próximos às avaliações
do mercado e também da Fiesp,
para quem as linhas de crédito
despencaram de US$ 16 bilhões
para US$ 6 bilhões.
""O anúncio do crédito do
BNDES e do BC é bem-vindo. Sinaliza o compromisso de estimular as empresas. Só não concordo
em o BC dizer que fará o primeiro
leilão (de linha crédito) de US$
100 milhões. É muito pouco", diz
Maurice Costin, diretor de Comércio Exterior da Fiesp.
Com a Sucursal do Rio
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