São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2004

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COMÉRCIO EXTERNO

Ao celebrar 1º ano do G20, chanceler diz que Brasil poderá fazer mais coalizões para discutir temas da Rodada

Doha Amorim prevê novas alianças na OMC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No dia em que o G20, grupo de países em desenvolvimento que se uniram para defender seus interesses agrícolas na OMC (Organização Mundial do Comércio), completou um ano de existência, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o Brasil fará novas coalizões para defender as suas posições nas negociações internacionais.
"Trataremos de buscar coalizões", respondeu Amorim, ao ser questionado se o G20 se articularia para discutir os demais temas da Rodada Doha (OMC), como abertura dos mercados de bens industriais e de serviços. Ele disse que essas novas coalizões poderiam não ser feitas com os mesmos membros do G20, cujo objetivo sempre foi a questão agrícola.
Para comemorar o aniversário do G20, Amorim inaugurou o site do grupo (www.g-20.mre.gov.br) e anunciou a reintegração da Guatemala. No ano passado, na reunião de Cancún, o G20 chegou a ter 22 membros. Por pressões das principais potências econômicas, alguns decidiram deixá-lo, como a Guatemala.
Com a volta do país, o grupo volta a ter 20 membros. O nome do grupo, no entanto, não é uma referência à quantidade de membros, mas à data de fundação do bloco. O ministro disse que o G20 é um "símbolo da diplomacia econômica do Presidente Lula".
Ele afirmou que o grupo obteve uma importante vitória na última reunião da OMC, em Genebra, ao obter um documento que garante o fim dos subsídios agrícolas à exportação e a redução substancial dos subsídios domésticos.
"O que ocorreu em Genebra não é o fim, mas é mais do que a metade do caminho", disse Amorim, sobre a reunião que aconteceu em julho. Com os avanços na área agrícola, novos temas deverão voltar à pauta de negociações.
Sobre a oposição dos EUA à taxação de armas e movimentações financeiras para criar um fundo de combate à pobreza, disse: "O mundo não pode continuar assistindo a morte de milhares de pessoas. Os métodos [para combater a fome] vamos discutir. O que vale é a autoridade do argumento, não o argumento da autoridade".


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