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COMÉRCIO EXTERNO
Ao celebrar 1º ano do G20, chanceler diz que Brasil poderá fazer mais coalizões para discutir temas da Rodada
Doha Amorim prevê novas alianças na OMC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia em que o G20, grupo de
países em desenvolvimento que
se uniram para defender seus interesses agrícolas na OMC (Organização Mundial do Comércio),
completou um ano de existência,
o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o
Brasil fará novas coalizões para
defender as suas posições nas negociações internacionais.
"Trataremos de buscar coalizões", respondeu Amorim, ao ser
questionado se o G20 se articularia para discutir os demais temas
da Rodada Doha (OMC), como
abertura dos mercados de bens
industriais e de serviços. Ele disse
que essas novas coalizões poderiam não ser feitas com os mesmos membros do G20, cujo objetivo sempre foi a questão agrícola.
Para comemorar o aniversário
do G20, Amorim inaugurou o site
do grupo (www.g-20.mre.gov.br)
e anunciou a reintegração da
Guatemala. No ano passado, na
reunião de Cancún, o G20 chegou
a ter 22 membros. Por pressões
das principais potências econômicas, alguns decidiram deixá-lo,
como a Guatemala.
Com a volta do país, o grupo
volta a ter 20 membros. O nome
do grupo, no entanto, não é uma
referência à quantidade de membros, mas à data de fundação do
bloco. O ministro disse que o G20
é um "símbolo da diplomacia
econômica do Presidente Lula".
Ele afirmou que o grupo obteve
uma importante vitória na última
reunião da OMC, em Genebra, ao
obter um documento que garante
o fim dos subsídios agrícolas à exportação e a redução substancial
dos subsídios domésticos.
"O que ocorreu em Genebra
não é o fim, mas é mais do que a
metade do caminho", disse Amorim, sobre a reunião que aconteceu em julho. Com os avanços na
área agrícola, novos temas deverão voltar à pauta de negociações.
Sobre a oposição dos EUA à taxação de armas e movimentações
financeiras para criar um fundo
de combate à pobreza, disse: "O
mundo não pode continuar assistindo a morte de milhares de pessoas. Os métodos [para combater
a fome] vamos discutir. O que vale é a autoridade do argumento,
não o argumento da autoridade".
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