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Crise eleva
as taxas de
juros futuros
DA REPORTAGEM LOCAL
O dia menos tenso no
mercado financeiro não
conseguiu deter a alta das
taxas de juros futuros, que
voltaram a subir na
BM&F. Nas últimas semanas, as taxas futuras tiveram importantes elevações, que indicam que aumentaram as incertezas
em relação à próxima decisão do Copom.
No contrato DI -que
mostra as projeções dos
juros- mais negociado,
com resgate em 18 meses,
a taxa subiu de 11,75% na
sexta para 11,90% ontem.
No fim de julho, o contrato
tinha taxa de 10,94%.
A taxa do contrato DI
que vence no fim do ano
saiu de 11,08% em 31 de julho para 11,33% ontem.
Por enquanto a pesquisa
semanal feita pelo BC com
os bancos não apontou os
respingos da crise. A pesquisa mostra que a projeção dos analistas ainda indica que a taxa básica encerrará 2007 a 10,75%.
Nessas semanas turbulentas, as projeções das taxas de curto prazo foram
poupadas na BM&F, o que
mostra que uma parcela
importante dos investidores ainda espera que a taxa
básica Selic seja reduzida
no próximo encontro do
Copom, que ocorre nos
dias 4 e 5 de setembro.
O que mudou nesse período foi a tônica das discussões. Há um mês, discutia-se se a Selic, que está
em 11,5% ao ano, seria cortada em 0,50 ponto ou em
0,25 ponto percentual.
Hoje, a discussão gira em
torno de um corte de 0,25
ponto ou a manutenção da
taxa básica de juros.
No mercado internacional, as taxas cobradas para
o setor privado e público
brasileiros conseguirem
recursos têm subido. Isso
se reflete na alta do risco-país, que ontem subiu
3,85%, a 216 pontos.
(FV)
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