São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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IGP-M deve fechar quinto mês com preços em baixa

LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO

A segunda prévia de setembro do IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) registrou deflação de 0,54%. Influenciada pelos preços no atacado, a variação foi mais intensa do que a queda de 0,49% em igual período do mês anterior.
Os preços do segundo decêndio do mês (coleta entre os dias 21 de agosto e 10 de setembro), divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam que o IGP-M deve fechar setembro com a quinta deflação consecutiva.
Mas o economista Flávio Serrano, da corretora Ágora Sênior, projeta que essa deflação deve ser menor do que a taxa de -0,54% registrada na segunda prévia. Isso porque o impacto dos reajustes nos preços da gasolina e do diesel -realizados no último dia 10- ainda não está refletido na apuração prévia. A estimativa da corretora é que o IGP-M feche o mês em -0,30%. Para outubro, é esperada variação positiva.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) ficou em -0,73% no segundo decêndio do mês. Em agosto a variação foi menor, de -0,64%. Os alimentos contribuíram para a deflação registrada tanto nos produtos finais quanto nas matérias-primas.
Os produtos finais tiveram queda de 1,37% nos preços, ante a redução de 0,30% no mês anterior. A principal influência foi nos alimentos "in natura", que fecharam o período com variação de -9,94%, mais intensa que os -3,53% de agosto.
Os preços das matérias-primas também aumentaram o ritmo da deflação, passando de -0,75% para -1,54% em setembro. As maiores contribuições foram o leite "in natura" (de -1,81% para -6,54%), a soja (de -0,16% para -3,66%) e bovinos (de -1,12% para -2,31%).
Assim como no atacado, o varejo registrou deflação. Só que a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em agosto (-0,27%) foi ligeiramente menos intensa do que a de setembro (-0,28%). As acelerações ocorreram nos grupos habitação e vestuário. O primeiro foi influenciado pelo aumento do item água e esgoto residencial, de 0% para 4,03%, no Rio e em São Paulo. O grupo vestuário foi influenciado pelo subgrupo roupas. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), terceiro componente do IGP-M, não teve variação.


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