São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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CRISE NO AR

Dívida total é de R$ 7,7 bi

Patrimônio do grupo Varig vale R$ 261,4 mi

BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

O patrimônio das companhias Varig, Rio Sul e Nordeste, em imóveis e bens do ativo imobilizado, é de R$ 261,41 milhões, segundo laudo de avaliação juntado aos autos do processo de recuperação judicial pelas próprias aéreas.
Segundo o balanço do primeiro semestre de 2005, o passivo a descoberto da Varig é de R$ 6,8 bilhões. A dívida reconhecida é de R$ 7,7 bilhões.
O laudo, que acompanha o plano de recuperação entregue no último dia 12, foi elaborado pela empresa Appraisal Engenharia e tem data de 30 de junho deste ano. A consultoria foi contratada para determinar o valor de mercado dos imóveis e dos outros ativos -máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, painéis e ferramentas, simuladores de vôo, veículos, software, hardware e cascos e motores próprios.
A Varig tem R$ 116,95 milhões em 87 imóveis em diversas cidades e outros R$ 134,8 milhões em imobilizado. A Rio Sul possui quatro imóveis, que totalizam R$ 241,3 mil, além de R$ 7,14 milhões em outros bens. A Nordeste tem R$ 2,3 milhões em ativos.

Plano original
O plano de recuperação levado à Justiça propõe a separação da Varig em duas aéreas para que o novo investidor escape da sucessão, ou seja, não herde as dívidas. Assim como já há a separação entre Varig, Rio Sul e Nordeste, haveria uma quarta marca, limpa.
O documento entregue à Justiça diz que a implementação do plano pressupõe a existência de uma nova empresa para a qual "será transferida, inicialmente, apenas parte do negócio das empresas, a fim de afastar o risco de sucessão, inclusive tributária, viabilizando a obtenção de dinheiro novo".
Segundo o texto, isso permitirá a recuperação operacional e, "após resolvido o passivo tributário e previdenciário, a reunificação das operações de modo a obter o maior valor possível para o negócio Varig".
A idéia da fusão, retornando ao status de hoje, foi o que mais impressionou o Ministério Público e a Justiça. Foi vista como sinal de boa-fé, evitando o isolamento da parte "podre" para deixá-la ir à falência.


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