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CRISE NO AR
Dívida total é de R$ 7,7 bi
Patrimônio do grupo Varig vale R$ 261,4 mi
BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
O patrimônio das companhias
Varig, Rio Sul e Nordeste, em
imóveis e bens do ativo imobilizado, é de R$ 261,41 milhões, segundo laudo de avaliação juntado aos
autos do processo de recuperação
judicial pelas próprias aéreas.
Segundo o balanço do primeiro
semestre de 2005, o passivo a descoberto da Varig é de R$ 6,8 bilhões. A dívida reconhecida é de
R$ 7,7 bilhões.
O laudo, que acompanha o plano de recuperação entregue no
último dia 12, foi elaborado pela
empresa Appraisal Engenharia e
tem data de 30 de junho deste
ano. A consultoria foi contratada
para determinar o valor de mercado dos imóveis e dos outros ativos -máquinas e equipamentos,
móveis e utensílios, painéis e ferramentas, simuladores de vôo,
veículos, software, hardware e
cascos e motores próprios.
A Varig tem R$ 116,95 milhões
em 87 imóveis em diversas cidades e outros R$ 134,8 milhões em
imobilizado. A Rio Sul possui
quatro imóveis, que totalizam R$
241,3 mil, além de R$ 7,14 milhões
em outros bens. A Nordeste tem
R$ 2,3 milhões em ativos.
Plano original
O plano de recuperação levado
à Justiça propõe a separação da
Varig em duas aéreas para que o
novo investidor escape da sucessão, ou seja, não herde as dívidas.
Assim como já há a separação entre Varig, Rio Sul e Nordeste, haveria uma quarta marca, limpa.
O documento entregue à Justiça
diz que a implementação do plano pressupõe a existência de uma
nova empresa para a qual "será
transferida, inicialmente, apenas
parte do negócio das empresas, a
fim de afastar o risco de sucessão,
inclusive tributária, viabilizando a
obtenção de dinheiro novo".
Segundo o texto, isso permitirá
a recuperação operacional e,
"após resolvido o passivo tributário e previdenciário, a reunificação das operações de modo a obter o maior valor possível para o
negócio Varig".
A idéia da fusão, retornando ao
status de hoje, foi o que mais impressionou o Ministério Público e
a Justiça. Foi vista como sinal de
boa-fé, evitando o isolamento da
parte "podre" para deixá-la ir à falência.
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